Olhos “Azuis Turquesa ”
João ,sempre foi um jovem extrovertido,de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Tudo era festa . Não tinha problemas na família ,na escola no trabalho , enfim levava a vida como Deus lhe permitia.Tinha um bom carro e uma linda moto, para poder passear com a namorada, Maria Luiza.
Naquela tarde de segunda-feira, resolveu mudar o itinerário à firma em que trabalhava. Havia saído mais cedo e dobrando na rua lateral da avenida principal seguiu pelos emaranhados de ruelas e becos em que nunca antes transitara ,pois era de conhecimento geral, uma zona de alta periculosidade. As casas eram verdadeiras taperas. Algumas janelas não tinham um vidro inteiro; quando podiam ser chamadas de janelas. As portas e paredes eram de pedaços de madeira velha ,ou de papelão e plástico. Era um verdadeiro gueto em pleno perímetro central. João ia devorando o cenário com os olhos e o coração parecia estar acelerado, pelo choque que levava. Tão absorto estava em pensamentos, que não viu e nem ouviu, os passos sorrateiros,de dois bandidos,que estavam armados de faca e revolver, e que lhe agrediram com uma pancada na cabeça, fazendo com que desmaia-se. Acordou com uma terrível dor de cabeça e náuseas que lhe davam a sensação de vomito e falta de ar. Procurou reconhecer o local em que se encontrava e notou que era uma peça pequena e , que estava em uma cama com lençóis sem cor definida, pois era feito de retalhos . Mas isso não tinha à ele nenhuma importância, queria mesmo é saber com fora parar ali. Nisso entra uma senhora de cabelos longos ,com uma caneca, estende as mãos enrugadas pelos anos e diz:
-- Moço, o meu menino foi chamar os “home”,toma este chá, que vai te faze bem e descansa um pouco até eles chegá. Tu foi assaltado, pelos bandido e o meu menino te encontrou ali no beco ,como tu tava quase pelado nóis te trouxemo pra cá. Eu te fiz uns remédio e te benzi com umas erva santa.
João ,quis perguntar seu nome ,mas a senhora não lhe deu tempo, pois saiu da peça rapidamente .
Nisso, ouviu a voz de um menino e prestou atenção no que ele dizia:
- Mãe ,os policiais não quiseram acreditar em mim ,por isso eu fui lá no seu Joaquim e ele está vindo prá cá.
Dizendo isso entrou correndo,no que convenhamos chamar de quarto e ficou quieto olhando como se estivesse vendo um fantasma. No seu olhar de espanto acentuou-se ainda mais a cor azul dos olhos,que mais pareciam duas lindas jóias . Aflorou nos seus lábios um sorriso, e incontinente gritou:
- Mamãe , o moço acordou ,e tá tomando o chá que tu fez .
Sentou-se numa latinha improvisada como cadeira e não pronunciou mais uma palavra ,até a chegada do “seu Joaquim”,alguns minutos depois. Joaquim, que trouxera consigo algumas roupas ,apresentou-se com um sorriso e foi logo dizendo:
- Olha moço!... O senhor tem muito que agradecer a este menino e sua mãe, pois eles salvaram sua vida ao gritarem por socorro, afugentando os malfeitores . Aqui nesse bairro, nem a policia quer entrar e o senhor foi muito temerário ao fazê-lo .Vou rezar para que eles não cometam nenhuma represália contra os dois. Dizendo isso , esperou João se vestir e servindo de escora, levou-o até o táxi que o esperava na frente do casebre.
Ao chegarem na casa de João ,sua mãe com lágrimas nos olhos e soluçando veio ao seu encontro . Pagou o táxi e tentou gratificar seu Joaquim; que não quis aceitar em hipótese nenhuma . Esperou apenas a devolução das roupas e despediu-se a seguir.
João tinha tomado uma resolução; ia ajudar aquela família e ao garoto principalmente. Não podia deixar assim. Aquele rostinho com sorriso meigo e os olhos azuis turquesa, haviam marcado sua vida, salvando-o.
Ao abrir o jornal na semana seguinte, leu a triste noticia estampada nas páginas policiais:
- Menino escapa de ser assassinado,porém a mãe é morta pelos criminósos.
Na descrição da ação criminosa, a triste realidade ,era a família que o havia salvo e os bandidos por vingança tentaram exterminar. O menino sobrevivera por ter se escondido na casa do seu Joaquim.
João conversou com o pai e a mãe, ligou para o patrão e a namorada e na reunião ficou definido os próximos passos seus e da família. Conseguiu transferência para uma das filiais em outra cidade. Vendeu a moto. Casou com Maria Luiza e adotou o menino. A promotoria facilitou, inclusive, a troca do nome de batismo do menino, que a partir daquela data passou a se chamar: ...João L. de S. Junior.
João ,sempre foi um jovem extrovertido,de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Tudo era festa . Não tinha problemas na família ,na escola no trabalho , enfim levava a vida como Deus lhe permitia.Tinha um bom carro e uma linda moto, para poder passear com a namorada, Maria Luiza.
Naquela tarde de segunda-feira, resolveu mudar o itinerário à firma em que trabalhava. Havia saído mais cedo e dobrando na rua lateral da avenida principal seguiu pelos emaranhados de ruelas e becos em que nunca antes transitara ,pois era de conhecimento geral, uma zona de alta periculosidade. As casas eram verdadeiras taperas. Algumas janelas não tinham um vidro inteiro; quando podiam ser chamadas de janelas. As portas e paredes eram de pedaços de madeira velha ,ou de papelão e plástico. Era um verdadeiro gueto em pleno perímetro central. João ia devorando o cenário com os olhos e o coração parecia estar acelerado, pelo choque que levava. Tão absorto estava em pensamentos, que não viu e nem ouviu, os passos sorrateiros,de dois bandidos,que estavam armados de faca e revolver, e que lhe agrediram com uma pancada na cabeça, fazendo com que desmaia-se. Acordou com uma terrível dor de cabeça e náuseas que lhe davam a sensação de vomito e falta de ar. Procurou reconhecer o local em que se encontrava e notou que era uma peça pequena e , que estava em uma cama com lençóis sem cor definida, pois era feito de retalhos . Mas isso não tinha à ele nenhuma importância, queria mesmo é saber com fora parar ali. Nisso entra uma senhora de cabelos longos ,com uma caneca, estende as mãos enrugadas pelos anos e diz:
-- Moço, o meu menino foi chamar os “home”,toma este chá, que vai te faze bem e descansa um pouco até eles chegá. Tu foi assaltado, pelos bandido e o meu menino te encontrou ali no beco ,como tu tava quase pelado nóis te trouxemo pra cá. Eu te fiz uns remédio e te benzi com umas erva santa.
João ,quis perguntar seu nome ,mas a senhora não lhe deu tempo, pois saiu da peça rapidamente .
Nisso, ouviu a voz de um menino e prestou atenção no que ele dizia:
- Mãe ,os policiais não quiseram acreditar em mim ,por isso eu fui lá no seu Joaquim e ele está vindo prá cá.
Dizendo isso entrou correndo,no que convenhamos chamar de quarto e ficou quieto olhando como se estivesse vendo um fantasma. No seu olhar de espanto acentuou-se ainda mais a cor azul dos olhos,que mais pareciam duas lindas jóias . Aflorou nos seus lábios um sorriso, e incontinente gritou:
- Mamãe , o moço acordou ,e tá tomando o chá que tu fez .
Sentou-se numa latinha improvisada como cadeira e não pronunciou mais uma palavra ,até a chegada do “seu Joaquim”,alguns minutos depois. Joaquim, que trouxera consigo algumas roupas ,apresentou-se com um sorriso e foi logo dizendo:
- Olha moço!... O senhor tem muito que agradecer a este menino e sua mãe, pois eles salvaram sua vida ao gritarem por socorro, afugentando os malfeitores . Aqui nesse bairro, nem a policia quer entrar e o senhor foi muito temerário ao fazê-lo .Vou rezar para que eles não cometam nenhuma represália contra os dois. Dizendo isso , esperou João se vestir e servindo de escora, levou-o até o táxi que o esperava na frente do casebre.
Ao chegarem na casa de João ,sua mãe com lágrimas nos olhos e soluçando veio ao seu encontro . Pagou o táxi e tentou gratificar seu Joaquim; que não quis aceitar em hipótese nenhuma . Esperou apenas a devolução das roupas e despediu-se a seguir.
João tinha tomado uma resolução; ia ajudar aquela família e ao garoto principalmente. Não podia deixar assim. Aquele rostinho com sorriso meigo e os olhos azuis turquesa, haviam marcado sua vida, salvando-o.
Ao abrir o jornal na semana seguinte, leu a triste noticia estampada nas páginas policiais:
- Menino escapa de ser assassinado,porém a mãe é morta pelos criminósos.
Na descrição da ação criminosa, a triste realidade ,era a família que o havia salvo e os bandidos por vingança tentaram exterminar. O menino sobrevivera por ter se escondido na casa do seu Joaquim.
João conversou com o pai e a mãe, ligou para o patrão e a namorada e na reunião ficou definido os próximos passos seus e da família. Conseguiu transferência para uma das filiais em outra cidade. Vendeu a moto. Casou com Maria Luiza e adotou o menino. A promotoria facilitou, inclusive, a troca do nome de batismo do menino, que a partir daquela data passou a se chamar: ...João L. de S. Junior.