SÉRIE "SP SANGUE E SEXO" - CONTO : OS INCÊNDIOS - 1ª PARTE
OS INCÊNDIOS
O Galpão de aproximadamente 150 metros quadrados ardia em chamas quando a primeira equipe do corpo de bombeiros chegou ao local.
O velho edifício construído na década de 70 era basicamente formado por madeira, o que facilitava a propagação das chamas.
As casas próximas ao local do incêndio já haviam sido evacuadas, mas a preocupação era com as pessoas que ainda estavam presas dentro do galpão.
- Comandante, segundo testemunhas há cerca de 4 pessoas dentro do edifício – disse um dos soldados ao ver o comandante se aproximar do portão principal.
- Temos que agir rapidamente, precisamos tirar estas pessoas antes que seja tarde demais.
A medida que o tempo passava, aumentava o desespero pra resgatar civis e soldados, o volume de água não era suficiente. A chegada de outros dois caminhões não facilitava a vida dos soldados uma vez que o acesso aos hidrantes era praticamente remotas.
Antes que os dois outros caminhões da corporação pudessem estacionar e iniciar seus trabalhos ouviu-se um forte estrondo vindo de dentro do galpão.
O telhado formado basicamente por madeira havia cedido e as chamas agora tomavam proporções de total descontrole.
- Tirem os soldados imediatamente de lá – ordenava aos gritos o comandante desesperado.
A fumaça negra e as altas chamas indicavam que a luta estava longe de terminar, porém o que se via era uma luta visivelmente favorável ao fogo.
Bombeiros e civis assistiam a tudo incrédulos com o que estavam diante de seus olhos.
Homens experientes e preparados para estas situações eram vistos saindo por trás das chamas com seus uniformes queimados e com dificuldade de respiração.
Ao final de 3 horas de uma batalha intensa o que se viu foi uma paisagem de total destruição e desolação de todos.
As ambulâncias partiam em alta velocidade tentando salvar a vida de umas das vítimas resgatadas, contudo a lamentação era nítida com a perda de 2 bravos soldados nesta batalha além dos civis não resgatados.
- Sinto muito Comandante – disse um dos soldados ainda com seu rosto apresentando sinais da luta com as chamas.
- Todos lamentamos, soldado! Todos lamentamos!
Não restava agora nada mais a fazer a não ser identificar a causa do incêndio e responsabilizar a quem de direito pela morte de tantas pessoas.
FIM DA PRIMEIRA PARTE
Continua na próxima semana...
ESTE CONTO PERTENCE A “SÉRIE SP SANGUE E SEXO” ESCRITO POR ADÉRCIO GARCIA.