Hematomas...

Agito era o que acontecia na Rua Augusto, ninguém sabia o estava acontecendo, um corpo estendido ao chão, policiais ao redor, além da faixa de segurança muitas pessoas curiosas paravam para ver o que tinha acontecido.

A Rua Augusto era uma rua muito movimentada de São Paulo, rodeada por prédios lojas, nenhuma casa, mas muitas pessoas. Jorge Emanuel Silveira fora assassinado em frente a uma loja de jóias. Emiliano e Carla eram os policiais responsáveis pelo caso, tinham acabado de chagar da rua e fora para o escritório de Emilio, seu apelido.

- Putz, e agora?

- Sei lá Carla, não temos nenhuma arma, nenhum suspeito, apenas um cadáver e muitas testemunhas que aparentemente, não tem nada a dizer, estão mais perdidas que nós.

- Pois é. Temos a câmera de segurança da Joalheria, acho que vai nos ajudar!

- É, se conseguirmos ver a cara do assassino.

- Então vamos ver o que conseguimos – e foram. No dia seguinte os parceiros já estavam com as fitas em mãos. Colocaram no player começaram a assistir atenciosamente tudo o que acontecia. Cinco minutos depois Carla teve a idéia de adiantar o “filme” para ficar mais perto da hora do crime. A câmera foi posta estrategicamente num canto dentro da vitrine, bem escondida, virada para cima, pois assim era possível pegar mais coisa nas imagens além de dar para ver o rosto do “ladrão” que roubasse a loja usando um boné, por exemplo.

Mas o que viram foi inacreditável, o homem andava sozinho, num momento de repente, onde não avia ninguém por perto, ele se esquiva para trás como se tivesse levado uma facada no peito, cai no chão treme por alguns instantes e desmaia. Não tem nenhuma marca de tiro no corpo do rapaz, nada.

- OK Emilio, parece que ele levou um tiro, mas não há marcas de bala, vamos ver de novo!

Viram de novo e nada de novo eles viram.

- Já sei - disse Emilio – alguém deve ter envenenado ele. É. Sei lá, ele pode ter sentido o efeito do veneno e teve uma parada cardíaca. Você viu? Ele cai no chão com o braço esquerdo imóvel, típico de uma parada cardíaca, e se contraiu de dor, por isso foi para trás.

- Genial Emilio, vamos lá na perícia falar para eles isso.

Eles foram, pegaram duas horas de transito para chegar ao IML, lá avisaram o motivo de suas “visitas” mostraram suas identificações e foram falar com o médico responsável pela pericia da vítima da Rua Augusto.

- Então doutor, vimos um vídeo do sistema de câmeras de segurança e pelo que percebemos ele pereceu estar envenenado. Ele caiu como se estivesse tendo um ataque cardíaco, você poderia examiná-lo?

- Olha, to meio ocupado, mas isso pode esperar, vamos lá.

O médico fez os exames necessários, para ver se estava envenenado e ver se realmente teve um ataque cardíaco. No dia seguinte, ligou para a dupla de policiais responsáveis. Carla atendeu o telefone, enquanto Emiliano ficava vendo repetidamente o vídeo da segurança esperando ver algo novo.

- Olha, eu fiz os exames, ele teve sim uma parada cardíaca, mas ele não estava envenenado.

- Tem certeza? Não é um daqueles venenos indetectáveis?

- Como é que eu vou sabe se o próprio nome já diz? Indetectável. Outra coisa... Nesse momento Carla e o doutor foram interrompidos por Emiliano.

- Gente, olha só aqui – Ele apontava fixo um ponto escuro minúsculo na tela do laptop. Estava na janela de um dos prédios da rua, ele deu play e no momento que Jorge cai no chão o ponto some após se mexer.

- Ta, espera Emilio. Continua doutor.

- O infarto foi causado por uma forte pancada, direto no coração dele, dá para ver claramente um hematoma no local.

Carla parou olhou para Emiliano, viu o que ele tinha a mostrar e despediu-se do doutor.

- Que prédio é esse?

- Edifício Graham Bell, ta ali, escrito na fachada.

- É verdade – disse Carla - Vamos ver quem estava no 5 andar desse edifício entre 15 e 16 hora.

Eles foram para o tal edifício procurar vídeos ou testemunhas. A única testemunha era o porteiro, mas ele não se lembrava, portanto tiveram que recorrer ao sistema de vídeo-segurança do prédio.

No vídeo um homem aparece entrando no quarto que foi visto anteriormente, era magrinho e baixinho, carregava uma mala preta nas costas. Identificaram o rosto do homem e foram procurar no sistema da policia. Encontraram. José Prado, um famoso e procurado assassino de aluguel.

- Ta bom, foi ele quem matou, mas por quê?

- Sei lá Emilio, ele era jornalista né? Então, devi estar metido em alguma coisa.

- É verdade, vamos até a casa dele ver se encontramos alguma pista, pois se ele estiver investigando alguma coisa, o mandante da “coisa” é que deve ter mandado matar ele, então lá descobriremos o local do lugar e vamos lá com um mandado de prisão – Carla olhou pra ele de jeito estranho.

- Você anda vendo filmes demais, isso é tão maluco, que pode dar certo – Disse ela rindo.

Dito e feito, as investigações foram para no meio da floresta amazônica, lá um grupo estava traficando madeira ilegalmente, o coitado do jornalista Jorge morreu tentando alertar a população sobre o ocorrido.

Pegaram o telefone do assassino com mandante do grupo e marcaram um “encontro” com o ele, o prenderam e o condenaram a 45 anos de prisão, os outros, semanas depois de serem presos conseguiram fugir.

Lucas Schroeder

Lucas Schroeder
Enviado por Lucas Schroeder em 22/10/2008
Código do texto: T1242894
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