Detetive Mitchel: Aurora
Jhon acende seu cigarro, oferecendo outro para Mamoru. Um homem de aparência sentado triste a sua frente sentado a sua frente. Este aceita o cigarro, suas mãos tremiam, achando a atitude se seu cliente patética o detetive segura o isqueiro para seu cliente.
Mamoru: Obrigado.
Jhon: Não me agradeça por isto. Em que posso ajuda-lo?
Mamoru: Minha mulher desapareceu um dia atrás, eu fui a polícia mas é necessário que alguém esteja desaparecido a dois dias para a polícia iniciar uma busca, foi quando um amigo recomendou o senhor.
Jhon: Tudo bem, você tem uma foto dela?
Rapidamente Mamoru entrega uma foto de sua esposa, Ami, logo Jhon percebe que ela é muito bonita talvez ele até tenha uma chance.
Jhon: Existem algumas perguntas que eu devo fazer. Vocês dois brigaram ultimamente?
Mamoru: Não, nosso relacionamento era estável.
Jhon: Existe a possibilidade de sua mulher estar com outro homem ou outra mulher. Talvez algum animal.
O cliente assusta-se com tal suposição, mas trata de desmenti-la imediatamente.
Mamoru: Minha esposa é muito tradicional, ela vive para minha felicidade.
Os dois homens acertam os últimos detalhes antes de Mamoru ir embora. O detetive aguarda alguns minutos, bebe um copo com Vodika, veste seu sobretudo e sai de seu escritório.
Minutos depois Jhon caminhava tranqüilamente pelos corredores da delegacia, sem importar-se com os olhares rabiosos dos demais policiais, o detetive assobia uma música qualquer, interrompendo seu repertório segundos antes de entrar na sala de Yukie. Assim que vê Jhon entra em sua sala a policial pergunta a Deus “por que”.
Jhon: Você está bonita hoje.
Yukie: Estou de mal humor.
Jhon: Você fica linda assim.
Yukie: O que você quer?
O detetive joga a foto de Ami sobre a mesa de Yukie, sentando-se na cadeira a frente de sua mesa.
Jhon: Ela está desaparecida.
A policial começava a digitar o nome de Ami no computador quando Jhon a impede com um sorriso nos lábios, a policial fica incrédula.
Jhon: O marido ainda não deu queixa, ela não está desaparecida a tempo suficiente.
Yukie: Você veio aqui para criticar a lei japonesa.
O detetive levanta-se.
Jhon: Não, apenas fique de olhos abertos está bem?
Ela acena positivamente com a cabeça entregando a foto de Ami para Mitchel, este repousa seu olhar sobre a imagem da mulher desaparecida.
Mitchel: Ela é uma mulher muito bonita, não deve ser difícil encontrá-la.
Yukie: Achei que você preferisse colegiais.
O detetive percebe o tom sarcástico na voz de Yukie, sorrindo Jhon aproxima-se desta, que parece incomodada.
Jhon: Com ciúmes?
Jhon segura a mão dela, Yukie afasta-se rapidamente ficando de pé claramente irritada.
Yukie: Você sabe que eu não gostos destas indiretas.
Jhon: Tudo bem, serei direto na próxima vez.
Com movimentos rápidos Jhon segura o braço direito de Yukie com sua mão esquerda, enquanto segura a cabeça dela com sua mão direita roubando um beijo. Yukie permanece imóvel nos primeiros segundos, mudando sua feição, para afasta-lo em seguida. Yukie desfere um tapa no rosto de Jhon.
Yukie: Nunca mais faça isto.
No início da noite Jhon voltava para casa acompanhado de Rei. A colegial saltitava pela calçada circulando o detetive, ao aproximar-se do escritório dele Jhon a puxa para si beijando-a, seu celular toca, Jhon reconhece o número de Yukie. Jhon decide ignorar. Os dois sobem para o escritório, entrando no quarto mantido por Jhon onde passam a noite.
O sol já estava quase no meio do céu, Rei acorda olhando para Jhon, este enchia mais dois cálices com vinho. A garota levanta-se e começa a vestir seu uniforme.
Rei: Chega de vinho.
Indiferente o detetive bebe do conteúdo de um dos cálices.
Rei: Foi muito bom ter matado aula hoje.
Jhon (sorrindo): O prazer foi meu.
Rei: Eu não conhecia esta posição.
Jhon: Eu aprendi um dia destes.
Ele sorri enquanto a garota fica contrariada, nisso o telefone de Jhon toca, ele atende.
Jhon: Yukie!
Yukie: Por que você não atendeu ontem?
Jhon: É que ontem a noite eu não estava disposto.
Ele sorri para Rei que estava indo embora, mas Jhon segura o braço da garota que fica tentando soltar-se.
Yukie: Tudo bem, eu preciso vê-lo imediatamente.
Jhon: Sabia que você tinha gostado daquele beijo.
Contrariada Rei tenta soltar-se com mais força, Jhon a puxa, deitando-a de bruços na cama.
Yukie: Quando você pode vir?
Jhon: Por você? A qualquer hora.
Rei tenta soltar-se, mas Jhon deita dobre a garota prendendo-a na cama com o peso de seu corpo, ele a beija.
Yukie: Que tal em cinco minutos?
Jhon olha para Rei, pensa um pouco, em fim o detetive abraça a garota e responde que vai em vinte minutos, Rei tira o celular das mãos de Jhon jogando-o longe, ela sobe nele.
Rei: Você vai pagar por isto.
Em silêncio Jhon abre a blusa dela com um único puxão rompendo todos os botões.
Jhon: Desculpe, mas não temos muito tempo.
O detetive Puxa Rei para si, ambos voltam a amar-se.
Dezenove minutos depois Jhon chegava ao endereço que Yukie havia passado, haviam muitos policiais cercando aquela casa, sentada na guia havia uma mulher de certa idade chorando compulsivamente, o detetive tenta furar o bloqueio policial mas um guarda o para.
Policial: A onde você pensa que vai?
Jhon: Eu vou fazer o seu trabalho, já que a força policial é inútil.
Policial: O que você disse!?
Jhon: Você ouviu agora saia da minha frente.
O detetive tenta forçar a passagem, mas o policial estava decidido a não permitir. Os dois homens encaram-se quando Yukie os separa.
Yukie: Tudo bem, ele é um consultor.
Jhon (olhando para o policial): Então será que eu posso entrar?
Policial: Você poderia ser mais educado.
Yukie: Vamos logo senhor Mitchel.
Jhon: Já disse para me chamar de Jhon.
Yukie: E eu já disse para você me chamar de tenente Kawamura.
Jhon: Tudo bem “tenente Kawamura” dona das pernas mais lindas da polícia de Tóquio.
Yukie: Por favor detetive, isto é sério.
Dentro da casa Jhon encontra um corpo coberto por um lençol branco com algumas manchas vermelhas, o detetive começa a arrepender-se de ter atendido o chamado da policial. Jhon ajoelha-se ao lado do corpo enquanto Yukie fica de pé, o legista ajoelha-se ao lado do detetive e se prepara para puxar o lençol.
Yukie: Prepare-se.
A policial faz um sinal com o rosto para o legista, este levanta o lençol revelando o corpo de Ami. Jhon quase cai para trás com a surpresa, após recuperar-se parcialmente do choque ele examina o corpo. Ami estava nua, tendo vários cortes em seu corpo por onde perdera muito sangue. seu rosto estava “maquiado” com pó de arroz e seu sangue, o assassino havia passado o sangue em volta da boca - no buço e próximo do queixo - das maças do rosto e em baixo dos olhos, seus cabelos estavam sujos e (os fios estavam grudados) com o sangue, Jhon mantinha-se pensativo, como se estivesse em outro lugar, não ouvindo as palavras de Yukie.
Yukie: Jhon.
Jhon: O que?
Yukie: A mãe encontrou o corpo, ela confirmou os dados que você passou, exceto por uma informação. Ami era solteira.
Jhon: O que?
Yukie: Não sei quem era aquele homem, mas ele o enganou.
Afastando-se da vítima Mitchel tenta ligar para Mamoru, mas uma mensagem dizia que aquele número de telefone estava desligado, sem tentar novamente Jhon desliga o telefone.
Jhon: O nome dele também deve ser falso.
Yukie: Seja lá quem for ele quer envolve-lo neste assassinato.
Jhon: Faz parte do jogo.
Yukie: Jogo?
Jhon: Pode esperar por mais assassinatos. Antes de mudar-me para Tóquio eu fui agente do FBI, eu pertencia a sessão de crimes violentos, atuando com Serial Killers.
Ainda incrédula Yukie tenta digerir a informação
Jhon: Este parece ser a primeira morte causada por um Serial Killer. “o manual de classificação de crimes do FBI” descreve quatro categorias de assassinos seriais: assassinatos em equipe; “homicídio de empresa criminal” com o objetivo de obter lucro; “Homicídio de causa pessoal” como resultante de uma agressão e “Homicídio sexual” que são dominantes no caso de assassinos seriais.
Yukie: Você acha que ela foi violentada?
Jhon: Um ato sexual pode ser simbólico, ele ressaltou a boca da vítima. A boca é uma zona de prazer. Um crime sexual é definido pelo ritual do assassinato, o cadáver demonstr que o crime foi obra de um Serial Killer. Eu já estive onde você está e não a invejo.
Yukie: Como assim já esteve? O assassino foi até você Jhon, você conhece o rosto dele.
Jhon: Darei toda a assistência possível, mas não quero este caso.
Naquela noite Jhon procura por Aida, como a garota não atendia o telefone Jhon a procura pelas ruas, ao encontra-la Jhon esconde-se observando-a Aida conversando com algumas amigas enquanto olhavam uma vitrine, ele acende outro cigarro indo ao encontro delas.
Aida (sorrindo): Jhon!
Jhon: Posso falar com você?
Aida: Tudo bem, eu estava indo para casa mesmo.
Pouco depois eles estavam em uma lanchonete sentados a uma mesa, o detetive abre um mapa marcando três pontos na cidade.
Jhon: É muito importante que você não vá a nenhum destes lugares.
Aida: Posso saber por que?
Jhon: Na noite passada uma mulher foi morta, a polícia acha que pode ser o caso de um assassino serial e esses pontos podem ser os locais de seus próximos ataques.
Antes que possa continuar sua conversa seu telefone toca, ele reconhece o número de Rei, Jhon sorri pois poderia avisa-la do risco que corria. Disfarçando sua voz ele atende o celular.
Mamoru: Já encontrou minha esposa detetive?
Jhon (furioso): Mamoru.
Mamoru: A esta hora você já sabe que este não é o meu nome.
Jhon: O que você fez.
Mamoru: Venha rápido e poderá salva-la. Você sabe onde.
Jhon desliga o celular levantando-se rapidamente, ele manda a garotas ficarem lá e sai correndo telefonando para Yukie informando-a do lugar marcado e das garota que poderiam estar em perigo. Correndo como nunca Jhon corta caminho para chegar em seu destino quase meia hora depois o detetive estava “cuspindo” os pulmões, ele aproxima-se lentamente no escuro até sentir algo a sua frente, ao abaixar-se temeroso o detetive reconhece o corpo de Rei, nas mesmas posições do de Ami.
FIM