Claro que ele, Javé Elohin, que era Deus, e Deus tudo pode, poderia ter feito seus dois seres humanos da forma como se diz que foram feitos, misturando num molde o barro da terra com água, cozinhando com o fogo das suas mãos e insuflando-o com ar como está escrito que ele fez. E se foi assim, tudo bem. Não temos necessidade de saber se foi de um jeito ou de outro, o que de resto pouco importa, porquanto o que se cobra é sempre o resultado. Assim, se Deus, nesse caso, trabalhou como um médico engenheiro geneticista, produzindo um ser por inseminação artificial, ou fez como o rabino Bezalel, que construiu, pelo mesmo processo que as crônicas oficiais dizem que Javé Elohin usou para fazer Adão, um golém para defender o gueto judeu de Praga contra os antissemitas que ameaçavam destruí-lo, é cediço buscar comprovação que justifique a opção por um ou outro método.

Seja qual a forma como isso foi feito, deve ter sido uma operação muito cansativa essa, o que inferimos por conta das que são feitas hoje em nossos hospitais e fazem nossos médicos suportarem muito estresse e angústia até terem certeza do resultado, ou, no caso de Adão ter sido produzido pela fórmula do golém, mais cansativa ainda, porque nesse caso Deus, que ainda não tinha nome conhecido, teve que listar todos os nomes pelos quais viria a ser conhecido no futuro para escolher aquele que ele adotaria como verdadeiro, porque, segundo a fórmula para se produzir um golém, é preciso que o verdadeiro nome de Deus seja pronunciado ao ouvido do boneco de barro para que ele adquira vida. Creio ser por isso que Javé, mesmo sendo Deus, teve que dar a si mesmo um merecido descanso depois de fazer o homem.

Até porque, a partir da criação do homus sapiem, tudo na terra ficaria por conta dessa criatura que ele fez, porquanto, segundo se escreveu, o homem deveria encher a terra com seus descendentes, subjugá-la e exercer seu domínio sobre todas as demais espécies vivas.

 

Por conta disso há quem diga que foi o cansaço de Javé, ou talvez por causa dessa, que outros chamam de negligência, ou ainda por acreditar que sua obra era perfeita e insuscetível de contaminação, que o levou descansar depois de terminada a obra de construção do edifício universal. Por conta disso ele resolveu ausentar-se da terra por uns parcos momentos, que pode ter durado muitos dos nossos anos, a achar que o homem a quem ele incumbira de dar nomes à criação e dominar a terra poderia bem dar conta desse serviço.

 Mas foi justamente esse descuido que Samael aproveitou para aproximar-se de Eva, a quem observava já de longa data, e a bem da verdade, vivia a admirar- lhe as belíssimas formas ―porquanto sabemos que depois da queda ele emasculou e tornou-se um anjo lascivo quando ela passeava nua como uma Lady Godiva pelo jardim do Èden, pois que, de ordinário, naqueles tempos os seres humanos ainda não consideravam os órgãos sexuais como vergonhas a serem ocultas, como já se disse.

E Samael, na pele de uma serpente que falava, com a maior cara de pau do mundo, lhe disse que Jeová lhe havia mentido quando afirmara que ela e seu marido morreriam se comessem do fruto daquela árvore que ficava no meio do jardim,  E Eva, meio bobinha que era e não tinha ainda a malícia de todas as mulheres que nasceram pelos meios naturais que Jeová implantou no casal humano, acabou acreditando.

É claro que Samael, a serpente-dragão que falava, usou argumentos bem mais convincentes do que o simples contraponto à informação de Javé― de que ela e seu marido morreriam se comessem daquele fruto―; pois o danado lhe disse que além da mentira de que morreriam se fizessem isso, a verdade era que Jeová queria mesmo é que eles não comessem aquele fruto porque os olhos deles se abririam e eles conheceriam o bem e o mal, coisa que só ele tinha direito de conhecer.

         Com isso se infere que o casal humano não sabia nada a respeito desse tema que tem tirado o sono de muitos filósofos e colocado muitos teólogos em dificuldade, especialmente neste nosso mundo ocidental onde a medida do prazer se faz com o menor quociente de dor possível. Por que o mal, nesse caso, é contraponto de bem e só na ausência de um é que pode ser sentida a presença do outro. E se Adão e Eva não tinham qualquer noção de bem e mal, eles não eram, evidentemente seres humanos.

Pelo menos não naquele momento, ou seja, até então eles eram como crianças que acabavam de nascer e estavam naquele estágio que alguns acadêmicos que estudam o funcionamento do cérebro humano e a sua tradução em linguagem chamam de estágio da incompetência inconsciente, que é o mesmo que dizer que a pessoa nessa condição não sabe de nada e não sabe que não sabe.

 

Agora, que coisa mais fácil é colocar uma ideia dentro de uma cabeça que nada tem dentro dela? E no caso de Eva, sendo ela uma mulher, que melhor estratégia existe para convencer uma mulher do que dizer-lhe  que ela vai ter acesso a segredos tão íntimos que só o criador possui? Porque a mulher, que por ordinário já sabemos que não resiste sequer a uma fofoca, como faria ouvidos moucos à promessa de tornar-se assim tão poderosa, como hospedeira de informações tão importantes que o próprio Senhor faz questão de ocultar? Ainda que, nessas velhas calendas que era o tempo em que viviam, e naquele lugar onde só eles residiam, não houvesse ninguém para compartilhar tão precioso cabedal de notícias, esse era um poder considerável e a ele Eva sucumbiu, como sucumbiria qualquer mulher que se preze.

Sabemos que Eva não resistiu a persuasão sibilina de Samael e comeu o tal fruto, E de tão bom gosto pareceu aos seus sentidos que logo chamou Adão e o fez compartilhar desse prazer. Disso resultou que depois desse episódio eles abriram os olhos e descobriram que estavam nus, como se disse que estavam. Fato estranho esse, porquanto se infere que Javé Elohin os havia feito cegos para algumas coisas, ou no mínimo teria posto nos olhos deles um escotoma para evitar que eles não vissem certas particularidades que faziam parte do seu próprio corpo, ainda que as tivesse feito para serem usadas. Mas o que pode parecer bizarro para os nossos olhos não o deve ser para Deus, porquanto algum propósito ele deve ter tido para fazer as coisas assim. E nada do que ele faz é despropositado, como dele disse um famoso cientista, que Deus não joga dados, o que quer dizer que ele não fica testando possiblidades para ver no que vai dar.

Conquanto não tenha sido registrado se Adão e Eva fizeram amor antes disso, o que se nos afigura é que se tal ocorreu não deve ter sido coisa para deixar registro de fortes emoções, como costumam ser as primeiras experiências sexuais de uma pessoa. Isso dizemos porque não vemos o casal humano com aquela sensação de flow, ou seja, o sutil enlevamento que faz uma pessoa se sentir de bem com a vida depois de repetidos orgasmos.

O que nos parece passível de afirmar é que se a nudez de seus corpos lhes pareceu algo vergonhoso que deviam esconder, é porque, no corpo humano residem todos os atributos do Senhor, os positivos e os negativos, mas é somente com os olhos abertos para esse conhecimento que podemos valorá-los e por carimbos de positivos uns, negativos outros.

Prova disso são as crianças que ainda não tem qualquer noção do que existe em seus corpos e das funções que cada órgão exerce neles. E não sabem que existe culpa ou vergonha ou qualquer constrangimento moral que possa ser associado a eles. O mesmo acontece com os nossos índios que andam pelo mundo deles nus como vieram ao mundo e disso não fazem nenhum pejo já que, para eles, se o sexo existe é porque ele é parte do corpo humano e nada há que o associe a qualquer conceito maligno.

Honi soit qui mal y pense, maldito seja quem mal pensar mal disso, teria dito o casal humano a quem quer que os visse nus, se com a abertura dos seus olhos para os seus próprios desejos egoístas, não viessem também a culpa, a vergonha, o constrangimento, sentimentos que acompanham todo ser humano que adquire a consciência de si mesmo e descobre que nele se hospedam todos os atributos dos deuses. Pois que, de ordinário sabemos que existem deuses bons e maus, e que o universo precisa de uns e outros para manter o equilíbrio entre os polos positivo e negativo que a corrente de vida universal precisa para manifestar a sua existência. Porque a luz só é percebida no contraste com a escuridão, a paz precisa da guerra para ser firmada, o ganho só se observa em comparação com a perda, a vida só manifesta em contraste com a morte e coisas assim, o que leva muitos pensadores positivistas a comparar a vida com as regras da ciência contábil, onde se diz que quem recebe deve e quem paga tem, o que se traduz pela assertiva: não há crédito sem um correspondente débito.

   

Agora, o que nos parece foi azar do casal humano ter se encontrado com o Criador justamente naquele momento de lazer a que ele se dera ao luxo de desfrutar, passeando, despreocupadamente, em direção ao sol, pelas floridas alamedas do alcandorado refúgio onde ele colocara o casal humano para viver. E de repente dar de frente com dois peladões correndo por ali, tão envergonhados, que ao vê-lo, se esconderam atrás de uma árvore, E Javé, como se não fosse Deus que tudo vê, precisasse desse recurso, perguntou a Adão onde ele estava; ao que Adão respondeu que estava escondido atrás de uma árvore porque tinha ouvido a voz dele e ficara com vergonha, já que estava nu.  Como é que souberam que estavam nus, quis saber o Senhor, e por lógica logo se deduziu que eles haviam comido do fruto proibido, pois só esse fruto tinha essa propriedade de colírio, capaz de abrir os olhos das pessoas para coisas que eles não viam antes. E como não podia deixar de acontecer, Adão foi logo botando a culpa na mulher pela burrice que acabara de fazer, o que, de ordinário se tornou uma tradição, essa de o homem botar a culpa numa mulher pelas bobagens que faz na vida. E a mulher, claro, que não queria assumir esse fardo sozinha, também tinha que botar a culpa em alguém e foi logo confessando que dera trela à serpente que lhe enganara com promessas de ter muitas coisas para contar quando houvesse outras mulheres na terra. E que ela seria portadora de tantos segredos que faria até mesmo com que ela e seu marido se ombreassem ao próprio Criador. O que explica tudo, porquanto é sabido hoje, mais do que naqueles tempos, que são poucas as mulheres que resistem a tais promessas e não cedem à sedução das visões encantadoras que se lhes mostram. E nisso está a causa de não poucas tragédias que acontecem no mundo, o que justifica aquele ditado popular que diz que a curiosidade matou o gato, e alguns completam dizendo que a satisfação o trouxe de volta, com isso querendo dizer que a vontade de saber vale mais que perigo da descoberta.

Isso ainda não sabemos se é verdade porquanto há quem diga que a ciência nos salvará e outros dizem que ela nos perderá. Mas o que ficou desse, digamos, acidente inoportuno que vitimou os nossos primeiros ancestrais, decorreu que Javé Elohin, em outro acesso de cólera, tal como o que teve quando Samael se propôs a afrontá-lo, logo julgou e condenou o agora menos ingênuo casal humano a perder o seu passaporte de cidadãos angélicos e a serem exilados do jardim de delícias onde ele os pusera para cultivar e guardar. Exílio que sabemos ser a principal pena que ele gostava de aplicar naqueles que, a seu juízo, cometiam algum deslize em desrespeito aos seus estatutos. Pois foi o que ele fez com Cain, a quem expulsou de diante da sua face e até o seu maior agente na terra, aquele Moisés a quem ele delegou a redação de todo o seu direito constitucional, que, como sabemos, foi proibido de entrar na terra prometida por causa de um pequeno milagre que ele fez para matar a sede do sedento povo de Israel no deserto, tirando água de uma rocha num lugar chamado Meribá.

 De sorte que botar o casal humano para fora do seu convívio foi a primeira coisa que lhe veio à cabeça e foi o que ele fez. Desvestiu-os da etérea capa luminosa que envolvia seus corpos e cobriu-os com uma túnica feita de peles, porque, segundo seu entendimento, o casal humano já não era mais como os anjos que podiam ostentar aquela aparência luminosa. Eles agora eram tão animais quanto as demais espécies que ele criara, conquanto fossem uma espécie especial porque tinham agora a capacidade só atribuída aos deuses, qual seja, a capacidade de pensar e refletir sobre os próprios pensamentos.

Quanto ao que aconteceu depois todos sabemos, porquanto não há pessoa no mundo de hoje que não tenha tomado conhecimento dessa história. Javé expulsou o casal humano de diante da sua vista e condenou a serpente falaciosa e subversiva a andar rastejando pela terra e a causar nos descendentes de Adão e Eva sentimentos de medo, nojo, asco e demais sensibilidades que nos assaltam quando vemos um animal dessa sinistra fauna passando na nossa frente.

O problema é que essas coisas da mulher ser uma criatura sujeita à sedução de uma boa conversa, secundada por uma imagem visual agradável parece que virou um mito. Muitas referências a essa que parece ser uma fraqueza feminina têm sido exploradas, especialmente por escritores que gostam desse tema. Personagens como a Ana Karenina do Tolstoi, a Fantine do Victor Hugo, a Hester Prynne do Hawthorne e até a manipuladora Cleópatra, que perdeu seu trono e a vida, seduzida que foi por Marco Antônio, são exemplos dessas gurias que se deixam levar pelo canto de sereia de um belo mancebo e acordam, uma com  uma letra escarlate gravada na testa, outra desempregada e atirada na rua para ganhar a vida como prostituta, a outra execrada pela sociedade que não perdoa esses deslizes, sem falar na nossa bela rainha egípcia que foi levada ao suicídio por conta dessa sua louca aventura com o guapo general romano.

Mas a pior consequência dessa atitude da nossa mãe Eva foi o fato que o Senhor disse a ela que o seu castigo seria o de sentir dor nos seus partos e ficar sujeita ao seu marido. A primeira dessas penalidades não causa nenhuma espécie porquanto todas as fêmeas das criaturas vivas, tanto quanto se sabe, sofrem terríveis dores no parto dos seus rebentos, o que temos, portanto, como algo comum e nem computaríamos essa circunstância como uma penalidade digna de nota. A segunda dessas penas, entretanto, se nos afigura como mais importante porquanto ela tem sido usada ao longo de toda a história da humanidade como uma justificativa para a instituição do patriarcado e a submissão da mulher. Se Deus realmente prolatou essa sentença contra a mulher então temos como justificadas as invectivas que contra ele levantam as feministas e os defensores dos direitos do sexo feminino, e teremos que considerar que ele é realmente um patriarca misógino e machista que considera a mulher como um ser inferior, pois que esta suposta sentença divina tem sido usada diuturnamente para justificar toda uma história de tirania e preconceito que concorre para engrossar as estatísticas de crimes contra a mulher, que só agora, milhares de anos depois, vem sendo combatida com mais vigor e menos condescendência.

De outra feita, o castigo que Deus deu a Adão também causa certa estranheza porquanto se infere que ele tinha feito o casal humano para viver como um belo par de vagabundos que não precisavam fazer nada para ganhar a vida. Se inferirmos que Deus não é um político de esquerda que acha que o estado deve ser provedor de todas as nossas necessidades sem que tenhamos que merecer essas benesses, esse estilo de vida que ele deu a Adão e Eva se nos afigura como mais uma incoerência que não conseguimos compreender. Pois foi só depois que eles praticaram o que se chamou mais tarde de primeiro pecado da terra ―que hoje sabemos que não é, porquanto uma inteira civilização de perversos já havia sido gerada pelos nefilins e esse tipo de pecado para eles era prazer ― é que o Senhor sentenciou Adão a trabalhar para ganhar o pão com o suor do seu rosto.

Que Adão tivesse que ralar muito para ganhar o pão de cada dia dá até para entender porquanto a terra onde eles viviam, como se sabe, até hoje tem muito mais desertos que terra agricultável e de certo os espinhos e os abrolhos do quais se fala na sentença divina eram por ali tão comuns que nem precisava o Senhor produzi-los só para castigar o infeliz casal infrator. O que não se compreende e se torna de difícil consumo para um paladar de liberal é que antes disso eles não precisassem fazer nada para ganhar a vida, o que se nos afigura como uma liberalidade um tanto perigosa, e mesmo sendo dada por quem de direito, em nada concorre para aperfeiçoar o ser humano, como se espera que seja o projeto divino. Porque o que se entende desse projeto é que o homem foi posto na terra para divulgar a própria existência de Deus e a ele foi dada a incumbência de construir a realidade universal através dos produtos da sua mente e das obras das suas mãos. Daí não se compreende que o trabalho a que Adão foi sentenciado tivesse essa conotação de castigo por força de uma violação aos estatutos de Javé. Mas essa, queremos crer, seja mais uma metáfora da qual está cheia esse conto da criação, pois o que aí está a se dizer é o que dizemos aos nossos filhos quando eles se arrogam sabedoria suficiente para desafiar os estatutos paternos e saem a tomar conta das próprias vidas. Nessas ocasiões acontecem aos pais dizer: “muito bem, já que você agora é dono do seu nariz, também está na hora de ganhar a própria vida." Quer nos parecer que foi isso que Javé quis dizer ao casal humano quando viu que eles haviam adquirido a sabedoria que os fazia dono dos próprios narizes. “Já que vocês agora são adultos, então saiam da minha casa e se virem.”

De outra feita, se voltar ao pó de onde ele veio também foi uma pena aplicada ao casal desobediente, é algo que também nos parece um contrassenso, porquanto isso nos parece coisa bem corriqueira já que não se tem notícia de nenhum ser humano que tenha escapado desse destino, salvo aquele de quem se diz que morreu e ressuscitou e subiu ao céu mais vivo do que quando esteve no mundo e nessa condição continua até hoje e continuará até o fim dos tempos.

Mas essa é outra história da qual não nos ocuparemos nesta nossa crônica embora ela seja apenas mais um capítulo posterior desta da qual estamos nos dando conta. O que nos parece é que essa é outra figuração linguística que a licenciosidade permitida pelo idioma dos autores das crônicas oficiais urdiu, porquanto o que se quer dizer com a metáfora de Adão voltando ao pó de onde ele foi tomado é que ele, e por tabela, a sua descendência, haviam regredido à condição de animal, pois de ordinário todos os animais haviam sido levantados do pó da terra, inclusive os neandertais de quem Javé Elohin havia se valido para gerar Adão e Eva.

Diz-se também que foi Adão quem pôs o nome de Eva à sua mulher e a apodou de “mãe de todos os viventes”, mas sabemos agora que quem a titulou com esse galardão foi Samael, a serpente draconiana que a desencaminhou, pois foi ele que a chamou de Chavvah, que na língua do povo em que essa história foi escrita significa vida, mas na língua dos elohins, aquela que usa letras no lugar de números e extrai deles uma multidão de imagens para explicar o que a linguagem comum não consegue, a palavra Eva significa um monte de coisas que não combinam com a sentença que sobre ela Javé prolatou. É que nessa matemática linguística esse nome denota ambição, personalidade e insistência, o que nos parece mais indicado para definir o sexo feminino, já que vemos nas mulheres todos esses atributos, e eles são muito mais do que aqueles que, supostamente, Javé teria prolatado em sua misógina sentença para mamãe Eva.

 

(continua)