Eles estão entre nós

Estamos no século XXI e a tecnologia está em alta.

Temos computadores de alta geração que até conversam com as pessoas, televisão de plasma digital com transmissão a cabo e aberta, telefones androids, skype, messenger, entre outras tecnologias, das quais podemos usufruir e nos comunicarmos com o mundo todo em tempo real.

E os terrestres estão conectados o dia inteiro por essa linha invisível.

Porém, diante de todo o bem, há um verme, bactéria ou vírus chamado maldade e que sobrevive em um Planeta denominado Orion e está de olho em nós pobres mortais.

Essa população que habita esse Planeta não morre e não se reproduz como nós.

Eles estão entre nós, para aprender mais sobre a nossa civilização, os nossos costumes e verificar como funciona a vida aqui na Terra.

E só uma invenção havia faltado para que eles concluíssem o seu plano maligno: a biometria.

Agora eles estão de posse total dos habitantes terrestres, pois têm acesso àquilo que nos diferencia uns dos outros, as nossas digitais.

E recolhendo essas impressões que poderão ser repassadas aos clones.

E é essa a intenção dos governos desse planeta, como no Planeta Orion não há como reproduzir seres do Planeta Terra, para que vivam intensamente e tornem-se seres imortais.

Porém, o que falta neles são os sentimentos.

E pensaram: "Como faremos para colocarmos sentimentos nos seres clonados e ficarem exatamente como os humanos?".

Porém há o lado bondoso nesses pensamentos, pois eles não se alimentam, e por isso não precisam matar animais, extrair a vida vegetal para o consumo próprio. E assim construiriam uma civilização pacífica, sem mortes, sem matanças de animais para alimentação, sem armas, sem guerras.

E assim que fizessem o mundo perfeito exterminariam a raça humana e ficariam apenas os clones no Planeta Terra.

Diante disso tudo, os terrestres também estão perdendo os sentimentos. Vivem com os celulares na mãos, computadores e não falam mais diretamente, como num abraço apertado e aperto de mãos.

Vivem isolados, têm vários amigos nas redes sociais e ao mesmo tempo nenhum.

Pois na vida real não é assim. Na vida virtual há o amor, paz, todos amam o próximo e na vida real os sentimentos perderam-se no tempo e então, os habitantes do Planeta Orion perceberam que não há como resgatar a emotividade dos humanos aos seres criados por eles e então decidiram que eles não mais teriam sentimentos e agiriam como robôs cuidando da natureza e do Planeta Terra como um todo.

Viveriam em mundos paralelos Orion X Terra.

Começaram a experiência abduzindo numa nave interplanetária dez humanos por dia e assim que recolhiam suas digitais, os abatiam com injeção letal, s incineravam e jogavam as cinzas no Universo.

E assim prosseguiram com o seu intento até ficar apenas um ser humano na Terra, que conseguiu se esconder dessa trama.

Os clones jamais o encontraram e assim houve paz em nosso Planeta.

Mesmo que os clones não tivessem sentimentos como os humanos produziam e deixavam a natureza em paz, e os animais ficaram felizes, sem risco de extinção, os bosques, as árvores, as florestas, os campos agradeceram os clones por essa atitude.

E o único ser terrestre que sobrou e vivia se escondendo dos clones, como era imortal, faleceu e seus restos mortais foram degustados com muita vontade pelos Urubus que como diz a lenda, eles não tem muito nojo e sempre que os viam vomitavam, talvez por serem seres impiedosos com os animais e a natureza em geral.

E essa história está sendo contada, pois mais tarde encontraram o diário de Edgar com essas anotações, no ano de 2079.

Roseli Princhatti
Enviado por Roseli Princhatti em 27/09/2024
Código do texto: T8161501
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