O porteiro do museu.
As horas já não lhe importavam mais. E assim, ele as passava, deixando-as ir embora, sem serem interpeladas e sem esboçar qualquer gesto de tolerância, satisfação ou repúdio.
Agora, não tinha mais nenhum compromisso profissional, nem relógio ponto para alimentar, só restava-lhe aquele lugar
permanecendo ali sentado, horas a fio e noites adentro.
Não mais dançava, ou se preocupava com as horas das refeições, ficava só ouvindo as batidas de seu coração.
Uma vez que agora ele fazia parte do museu, como um de seus personagens de cera.