Anariá

A noite estava quieta na aldeia indígena,

Enquanto uma jovem índia, Anariá, deitava-se para dormir

Após um dia cheio de dificuldades e decepções,

Da sua rede de palha dava para ver o céu escuro estrelado

onde ela estava recolhida.

De repente, uma luz intensa inundou o céu escuro,

E um zumbido estranho encheu o ar.

Anariá foi envolvida por uma força invisível

E levantou-se do chão, flutuando em direção à fonte misteriosa.

Antes que pudesse compreender o que estava acontecendo,

Anariá encontrou-se dentro de uma nave espacial.

E na sua frente estava um ser humanóide alto e de olhos grandes e negros,

Cercado por outros seres estranhos.

Ela virou a cabeça e observou o ambiente exótico que se encontrava,

Tudo era novo e estranho, ela não entendia aquela tecnologia avançada.

Entre eles, o ser alto a observava com olhos curiosos.

O alienígena ficou fascinado pela beleza de Anariá,

Pelos traços delicados de seu rosto, pela pintura em seu corpo

E pelos cabelos lisos e negros que caíam sobre seus ombros,

e seus olhos puxados sua pele avermelhada.

Ele nunca havia visto algo tão belo em seu próprio mundo distante.

Todos os seres começaram a conversar entre si,

Suas vozes pareciam com grunhidos de um javali,

Porém em uma frequência baixa;

De repente, o silêncio voltou na sua totalidade,

Os outros seres se retiraram ficando somente o ser senio

e a encantadora índia kariri.

Enquanto observava Anariá, algo estranho aconteceu dentro de sua mente.

Ele começou a sentir emoções desconhecidas,

Sentimentos que nunca havia experimentado antes.

Confuso e perturbado, tentou resistir,

Mas era como se um poder invisível o puxasse

Em direção à jovem índia.

Se esforçando para sair daquele sentimento humano que não lhe pertencia,

Ele era um ser de uma cultura avançada,

E só seguia a razão e a lógica universal de uma maneira racional e fria.

Percebendo a fragilidade emocional do alienígena,

Anariá falou com ele sem abrir a boca,

Por meio de telepatia, transmitindo-lhe calma e compaixão.

Ela compartilhou seus pensamentos e sentimentos,

Mostrando-lhe um mundo de emoções que ele nunca conhecera.

Essa atitude deixou o alienígena sem reação,

Voltando-se para um grande espelho e apontou e falou com a mente,

"Você não estar com medo? Nós somos diferentes."

Enquanto isso, os outros extraterrestres a bordo

Tentaram realizar procedimentos de avaliação biológica em Anariá,

Mas o ser os impediu.

Seu interesse por ela era mais do que científico;

Era pessoal.

Novos grunidos e a nave balançou era o retorno para a cidade selvagem.

Na chegada a aldeia ficou toda iluminada,

E os habitantes da comunidade saíram todos para fora

E diante de tanta luz se ajoelharam,

Quando de súbito uma porta se abriu e apareceu Anariá toda iluminada.

Anariá foi devolvida à sua tribo.

A nave desapareceu como um raio no céu noturno,

Deixando Anariá sozinha em sua aldeia,

Com lembranças vívidas da experiência incomum.

Enquanto todo seu povo atônito diziam em um só coro "Anariá foi visitada por Tupã",

E todos começaram a olhar para os céus e a agradecer dançando

Em uma grande roda no meio da comunidade indígena.

Nos dias que se seguiram, Anariá olhava para o céu

Todas as noites, lembrando-se do ser extraterrestre que mudara sua vida para sempre.

Sua presença havia despertado algo profundo dentro dela,

Algo que a inspirava a ser uma pessoa melhor

E a espalhar amor e compaixão entre seu povo.

Embora o encontro dela com ser estranho tenha sido breve,

Seu impacto duraria para sempre,

Transformando não apenas sua vida individual,

Mas também as vidas daqueles ao seu redor.

E, enquanto olhava para as estrelas cintilantes,

Anariá sabia que, de alguma forma, ela e a criatura sempre estariam ligados,

Não importava a distância que os separavam.

Alexandre Tito
Enviado por Alexandre Tito em 07/05/2024
Reeditado em 07/05/2024
Código do texto: T8058280
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