ELON MUSK E MAUBASSOV COLONIZANDO MARTE

Maria da Terra

Elon Musk observava o progresso da colonização de Marte com devotado interesse. O empreendedor visionário, sempre inquieto, via em Marte não apenas um refúgio, mas também um laboratório para a evolução da humanidade. Ele visitava a colônia regularmente, conversando com os colonos, inspecionando os experimentos agrícolas e, é claro, estudando os painéis alienígenas na caverna.

Foi durante uma dessas visitas que ele se deparou com Maubassov, um homem sério e conservador, preocupado com os rumos da colonização. Maubassov era conhecido por suas opiniões firmes sobre política e sociedade, e sua presença em Marte intrigou Elon Musk.

Os dois homens se encontraram em uma sala de reuniões improvisada, com vista para as planícies marcianas. A luz avermelhada do entardecer filtrava-se pelas janelas, criando sombras dançantes nas paredes. Musk, com seu jeito casual e cabelos desgrenhados, cumprimentou Maubassov com um sorriso.

“Maubassov,” disse Musk, “é um prazer conhecê-lo pessoalmente. Sei que você tem opiniões fortes sobre muitos assuntos. Como vê nosso progresso aqui em Marte?”

Maubassov, de postura rígida, olhou para o empresário. “Musk,” respondeu ele, “não posso negar que o que você está fazendo aqui é impressionante. Mas tenho minhas preocupações. Essa tecnologia alienígena, por exemplo. Ela pode ser perigosa. Não sabemos nada sobre seus criadores, suas intenções.”

Musk assentiu. “Compreendo sua apreensão, Maubassov. Mas também vejo oportunidades. Imagine o que podemos aprender com essa tecnologia. Poderíamos avançar décadas em questão de anos. E quanto aos critérios para escolher os terráqueos que habitam Marte? Como você os definiria?”

Maubassov cruzou os braços. “Precisamos ser criteriosos. Não podemos trazer para cá os mesmos problemas que afligem a Terra. Devemos selecionar pessoas com habilidades práticas, conhecimento científico, mas também com valores morais sólidos. Não quero ver fanáticos ou extremistas aqui.”

“Concordo,” disse Musk. “Mas e quanto à diversidade? Não devemos trazer uma variedade de perspectivas? Pessoas de diferentes origens, culturas, crenças?”

Maubassov franziu o cenho. “Diversidade é importante, mas não a qualquer custo. Precisamos de estabilidade. Não podemos permitir que Marte se torne um campo de batalha ideológico. Devemos priorizar aqueles que valorizam a liberdade, a responsabilidade individual e o progresso.”

Musk olhou para o horizonte marciano, pensativo. “Temos muito a considerar, Maubassov. Mas acredito que, com diálogo e critérios bem definidos, podemos construir uma sociedade equilibrada aqui. Uma sociedade que honre o passado, mas também abrace o futuro.”

E assim, sob as luas de Marte, os dois homens continuaram a debater. Oadnaxov, o ex-ditador, agora um guardião de segredos alienígenas, observava a conversa com interesse. Ele sabia que a jornada de redenção não era apenas sua, mas de toda a humanidade em busca de um novo começo no Planeta Vermelho. (Maria da Terra)