O mundo de Robert

O mundo de Robert era muito estranho,o tempo e uma tragédia e te devora pensava ele enquanto inspirava o ar e depois o soltava, se sentia como no meio de uma floresta dentro de um palácio, sozinho.

As vezes resulta insuportável a madrugada e quando se olha no espelho se converte em outra coisa, algo que o incomoda e que adquire consciência própria, então sua cara no espelho sonrrie e responde movendo suavemente os ombros.

Essa assimetria falsa contrasta com uma maldade quasse familiar, não á respostas nem perguntas para essa cômica sobrevivência e Robert sabe bem disso.

Claro que e uma máscara de alienação, sem possibilidade de mudancas ou transformação moral, o equilíbrio entre a sanidade e a loucura pode ser um fio muito tênue e as convicções vão se auto destruindo.

Desde quando essa timidez??

Evidentemente há algo que o aterroriza, como uma personagem que não existe fazendo coisas que são tão reais, como matar baratas no balcão, como fazer o supremo esforço de sonhar.

As regras mataram os instantes e a aceitação matou a interrogação, esperar respostas é como absorver a dor , Robert e cúmplice e testemunha desses pormenores que insistem em voltar.

O mérito e a culpa mantém uma curta distância, o inconveniente é que ninguém sabe do sopro e do cansaço, do monólogo e do espanto, o mundo de Robert produz pánicos, mais o bizarro e constrangedor e que sua consciência visceral o faz mergulhar em suas próprias convicções.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 15/03/2024
Reeditado em 16/03/2024
Código do texto: T8020725
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