O mundo de Robert
O mundo de Robert era muito estranho,o tempo e uma tragédia e te devora pensava ele enquanto inspirava o ar e depois o soltava, se sentia como no meio de uma floresta dentro de um palácio, sozinho.
As vezes resulta insuportável a madrugada e quando se olha no espelho se converte em outra coisa, algo que o incomoda e que adquire consciência própria, então sua cara no espelho sonrrie e responde movendo suavemente os ombros.
Essa assimetria falsa contrasta com uma maldade quasse familiar, não á respostas nem perguntas para essa cômica sobrevivência e Robert sabe bem disso.
Claro que e uma máscara de alienação, sem possibilidade de mudancas ou transformação moral, o equilíbrio entre a sanidade e a loucura pode ser um fio muito tênue e as convicções vão se auto destruindo.
Desde quando essa timidez??
Evidentemente há algo que o aterroriza, como uma personagem que não existe fazendo coisas que são tão reais, como matar baratas no balcão, como fazer o supremo esforço de sonhar.
As regras mataram os instantes e a aceitação matou a interrogação, esperar respostas é como absorver a dor , Robert e cúmplice e testemunha desses pormenores que insistem em voltar.
O mérito e a culpa mantém uma curta distância, o inconveniente é que ninguém sabe do sopro e do cansaço, do monólogo e do espanto, o mundo de Robert produz pánicos, mais o bizarro e constrangedor e que sua consciência visceral o faz mergulhar em suas próprias convicções.