Numa cabana de sapé
Envolvida numa poeira de fumaça.
Já estava cansada, mas não conseguia parar!
Uma força maior a fazia continuar...
De tão prazeroso, ao discorrer do tempo;
Foi ficando ofegante, mesmo assim,
Não se continha. Cada vez mais...
Parecia possuída por alguma entidade!
Seria alguma feitiçaria?
Um comportamento tal,
Até então, desconhecido para ela.
De repente se via rodopiando...
Meio às nuvens de fumaça!
Numa cabana de sapé. Frente à mata virgem.
Densas trevas lá no céu, à noite já morria,
À coruja piava... E ela se afogava!
Num trago de um tabaco maléfico,
Quando já não suportava mais despertou!
Mary Jun
29/10/23