NÃO ERA BRANCO?
Na empresa onde trabalho como consultor tributário, na cidade de Frutal, além de mim que sou cadeirante, também trabalha um outro senhor, de cor preta, conhecido por Luiz das Câmeras, que presta seus serviços no monitoramento de segurança da empresa e que por sua vez também é cadeirante.
A minha sala de trabalho fica ao lado da sala de espera, onde também fica a mesa da secretária. A copa de uso dos funcionários e visitantes fica logo após o a sala de espera e antes do corredor que dá acesso às demais salas do Escritório da empresa.
A sala do monitoramento das câmeras de segurança fica ao final do corredor.
Em um determinado dia a sala de espera estava cheia de vendedores e alguns candidatos a empregos na empresa, entre eles duas amigas sentadas uma ao lado da outra.
Por mais de uma vez, passei pela referida sala, ou para ir até à copa, para tomar um cafezinho, ou para falar com a secretária. Assim, fui bem observado pelos presentes na sala.
Em determinado momento, antes das duas amigas terem sido atendidas pelo setor de Recursos Humanos, passei novamente pela sala de espera e fui até a sala do Diretor Executivo, onde fiquei por um bom período. Nesse interim, o meu colega Luiz das Câmeras saí de sua sala e vem até à mesa da secretária. Assustada, uma das amigas olha para a outra e diz: Uai! Não era branco?