dulakura
Até que era bom o inglês do Primeiro-Secretário Nakano, da Embaixada do Japão em Varsóvia. E foi num jantar informal, em nossa residência, na capital polonesa que o vimos soltar-se verbalmente corroborando a minha impressão de que na falta do do saquê, a vodca se faz valê. Cogumelos, frango à la Kiev, algum repolho compunham a base do menu...
Nakano, ao lado da esposa que gestualmente assentia a todas as suas manifestações, narrava animadamente as suas andanças pelas férias, num tour pelos países vizinhos orientais, ainda sob a pesada mão da cortina de ferro...afinal era o ano de 1983, ou 84...?
E não mais do que de repente, algo derrapante, pelo menos em nosso atento acompanhamento do relato de Nakano, quando ele pronunciou, e o repetiu, junto àquela dezena de incrédulos circunstantes: Dulakura!!! Yes, Dulakura...
E o entendimento só veio quando, usando os indicadores junto à própria boca, Nakano nakanino se revelou...
E o emperor, impaler virou...