“E se morrer dormindo, o que dizer lá em casa?” – O vício do cigarro
Todo santo dia na mesma hora saía comprar cigarro. A saída se estendia por umas duas horas, todas as noites. Cidade pequena, todos sabiam de suas visitas a certa amiga, tida e havida por seus recursos sensuais e afetivos. Naquela noite, diferente da costumeira janta leve e ligeira, a esposa fez lasanha e maionese de batata. Ele comeu como um clérico. Antes de sair, comprar o bendito cigarro, repetiu a sobremesa, o doce de batata doce. Hora depois, decúbito, de súbito, partiu desta.