Menina...
passada dos vinte anos, vivia entre o trabalho, a casa cheia de irmãos e à procura de si,
em meio à diversidade cultural e os não me toques, nem me reles da época... resolveu aceitar
o pedido de casamento. Considerava o seu status de "titia". As amigas, moças do lugar, já estavam
casadas, algumas com bebês...
O noivo, moço letrado, poliglota, educado, arrancava os suspiros das moças casadoiras. Com a notícia
das bodas correndo de boca em boca, todos da cidade se preparavam para a solenidade.
A celebração aconteceu na Igreja do lugar, concelebrada por quatro padres e presidida pelo sacerdorte
catarinense, prolíxo e feliz com o evento. Igreja cheia, todos encantados com os personagens
protagonistas das bodas, recebeu do padre presidente trinta minutos de homilia, quando as biografias,
predicados e recomendações foram amplamente abordados. Família e convidados sorriam contentes.
Vinte anos passados...
o mesmo padre celebrante bate à porta do casal. A moça atende surpresa e feliz com a presença da autoridade
eclesiástica na sua casa, mesmo sem se anunciar. O padre cumprimenta e pede para falar com a dona da casa,
citando o nome da personagem daquele casamento histórico.
Sorrindo...ela diz ... "- sou eu padre!"
Num verbal espanto... diz o padre:
" -Você era tão bonita!..."