Photo by Sourabh Gijare on Unsplash
Estranha energia
Estranha energia
1.
Um mero fluxo de energia. Uma canção cantada em altos berros para exprimir felicidade, meios para seguir novos caminhos e semear segurança, é algo que poucas vezes alcanças nos teus sonhos mais selvagens. Mas se for uma personagem que provoque medo, que te faça suar e lembrar-te dos que nascem num ambiente de frustação, então não precisas dormir, a realidade encarrega-se de te dar motivos para duvidares da tua própria sombra.
Quando caminhas pelo centro histórico daquela cidade velha é-te impossivel dar um novo passo sem medires as consequências daquilo que te fará o desconhecido. O medo consome-te e segues sempre dilacerado. Ao virar de uma das muitas esquinas, encontras um homem estranho atrás de um carro. A cada novo olhar, perdes a vontade de seguir, mas com a mesma estranheza que te paralisa passa tranquilidade, mas o medo esse já ninguém te tira
2.
As notícias correm céleres, num fluxo de energia impossivel de explicar e todos já caminham para o centro da cidade. Como um iman, atraídos para algo que confunde e aterroriza mas não inibe de perseguir. Já há algum tempo que homens estranhos, se amontoam atrás de cada carro. As luzes acendem e apagam. As pessoas vão para a frente e para trás. Uma espécie de indecisão acumula-se na alma, como a gordura no sangue. Excessos que poderão provocar partidas precoces. Alguns rodopiam por si próprios, rezando o Pai Nosso de trás para a frente, amotinando o vento. para a frente e para trás, fazendo subir os furacões para além da estratosfera.
Tudo soa estranho. Quando se avista cada homem, este revela-se uma cortina de fumo, aniquilando a vontade de viver de quem os encontra. Quando se tenta documentar a luz que emana dos seus olhos, a magia evapora-se por entre cada gota de água que cai, sem explicação, estranha forma de sublimar Deus.
Pego num cigarro, agito o meu copo de whiskey e sorrio. As discotecas abriram por fim, mas não vou mais. Apenas abano a cabeça, dou um grito ao cão por fazer as necessidades fora do território devido. Ainda assim tenho-o aqui ao pé de mim, enquanto ressona. Apenas quer companhia.
Lá fora, cada carro tem o seu homem estranho, um formidável fluxo de energia que suga toda a negatividade dos incautos que, agora, abanam a cabeça. Enquanto isso os vulcões entram em erupção e o fim do mundo parece-se uma parede de cem metros de altura de água, enquanto todas as memórias nos passam pela cabeça, em Viena ou na selva afagando uma hiena. Apenas loucura, enquanto todos se entregam aos braços inquietos de Morfeu, cada vez menos desfrutado quanto mais a idade avança.
Um mero fluxo de energia. Uma canção cantada em altos berros para exprimir felicidade, meios para seguir novos caminhos e semear segurança, é algo que poucas vezes alcanças nos teus sonhos mais selvagens. Mas se for uma personagem que provoque medo, que te faça suar e lembrar-te dos que nascem num ambiente de frustação, então não precisas dormir, a realidade encarrega-se de te dar motivos para duvidares da tua própria sombra.
Quando caminhas pelo centro histórico daquela cidade velha é-te impossivel dar um novo passo sem medires as consequências daquilo que te fará o desconhecido. O medo consome-te e segues sempre dilacerado. Ao virar de uma das muitas esquinas, encontras um homem estranho atrás de um carro. A cada novo olhar, perdes a vontade de seguir, mas com a mesma estranheza que te paralisa passa tranquilidade, mas o medo esse já ninguém te tira
2.
As notícias correm céleres, num fluxo de energia impossivel de explicar e todos já caminham para o centro da cidade. Como um iman, atraídos para algo que confunde e aterroriza mas não inibe de perseguir. Já há algum tempo que homens estranhos, se amontoam atrás de cada carro. As luzes acendem e apagam. As pessoas vão para a frente e para trás. Uma espécie de indecisão acumula-se na alma, como a gordura no sangue. Excessos que poderão provocar partidas precoces. Alguns rodopiam por si próprios, rezando o Pai Nosso de trás para a frente, amotinando o vento. para a frente e para trás, fazendo subir os furacões para além da estratosfera.
Tudo soa estranho. Quando se avista cada homem, este revela-se uma cortina de fumo, aniquilando a vontade de viver de quem os encontra. Quando se tenta documentar a luz que emana dos seus olhos, a magia evapora-se por entre cada gota de água que cai, sem explicação, estranha forma de sublimar Deus.
Pego num cigarro, agito o meu copo de whiskey e sorrio. As discotecas abriram por fim, mas não vou mais. Apenas abano a cabeça, dou um grito ao cão por fazer as necessidades fora do território devido. Ainda assim tenho-o aqui ao pé de mim, enquanto ressona. Apenas quer companhia.
Lá fora, cada carro tem o seu homem estranho, um formidável fluxo de energia que suga toda a negatividade dos incautos que, agora, abanam a cabeça. Enquanto isso os vulcões entram em erupção e o fim do mundo parece-se uma parede de cem metros de altura de água, enquanto todas as memórias nos passam pela cabeça, em Viena ou na selva afagando uma hiena. Apenas loucura, enquanto todos se entregam aos braços inquietos de Morfeu, cada vez menos desfrutado quanto mais a idade avança.