Decisão
As mãos imersas na correnteza, a vontade era que todo o corpo estivesse lá e fosse levado por ela. Mas havia uma amarra a prender da vontade. Peixes e cágados gozando do universo, também queria fazer parte daquilo. O sono longo de anos trouxe um novo mundo. Livre do passado. Preso no presente. O presente ainda aprisiona. Insistente circunstância. Só se resolverá mudando o futuro. Aquela era a imagem do futuro esperando para ser mudada. Decisões e pressões. Tudo estava em suas mãos. Essas que eram lavadas na cristalina água de um riacho que desaguava no infinito do oceano vazio; no horizonte se via ele. Ele o via, decidindo se ia ou não ia, deixar levar pelo infinito das águas e fazer parte dele. Do outro lado estava a fonte daquele mal. O mal que aprisionava a bondade, o prazer de viver, a vida e sua matriz. Uma única pessoa para um mundo.
Se aprisionar ou se libertar?