Geologia vulcânica
Eu não sei o que vou fazer agora, como menos ainda saberia, se tivesse ouvido essa história de mana Vitória, há coisa de cinquenta e tantos anos.
Como a mente de Vic é prodigiosa tanto para guardar, como para criar, tenho pelo menos o benefício de na dúvida me ancorar, se nada colar. A história é breve e faz alusão a um diálogo que, ao que parece, só as musas alcançam.
Pois bem. Sua colega de classe Pompéia, a mais cintilante das estrelas que povoaram chão e céus da histórica rua Padre Belchior, artista nata do desenho - e de tanto desejo alheio - teria perguntado a Vitória, que também resplandecia no nosso Beco-sem-Saída, se uns lindos meninos, Beu e eu, que ela vira na missa dominical das dez matriz, não seriam irmãos seus.
Devolvendo o elogio-provocação, Vic rebateu:
- Vai ver que são os irmãos seus, P e T, a que você se refere não?
Pompéia fechou a conversa sem enigma:
- Bem, Vitória, os meus irmãos eu conheço...
E agora...será que sigo esperando uma apresentação formal, ou deixo intatas as cinzas que continuam cobrindo essa recôndita harmonia...?