RECLUSE MAN
(Mn Ct/10)
Recluso, vivia em sua casa, por uma cilada que a vida lhe pregara.
A claridade do dia era vista pelo vidro da sempre mesma, pequena janela. Quando o sol se punha, na janela ficava, a espera da lua e caso ela, não aparecesse sentava-se no sofá e se perdia no olhar, apático e imóvel. Quando a tempestade ameaçava desabar, sentava em sua cadeira, também sempre a mesma e o seu pequeno livro tentava decifrar. (Pequeno Príncipe)
Ele, Jorge, tinha dois amigos imaginários que somente eles, Gabriel e Tamara, o compreendiam. Na mesa de centro, da pequena sala de estar, duas pedras transparentes descansavam, largadas, sobre ela. Trouxera-as de muito longe e apenas isso era o que o fazia viver, ainda. Certa manhã, fora ter com as suas pedras, notou que não estavam no mesmo lugar, tomaram outra forma e que não estavam mais transparentes. Um estalo: - quanto tempo ... O que faço eu aqui? - É assim... Recluso ... que eu vivo? - Falava consigo mesmo, sua cabeça doía e transpirando, caiu em si e uma vontade súbita, brotou-lhe no peito sentindo-se vivo e forte, novamente. Lembrou do estranho acidente, que tiveram e que o paralisou por anos, naquele país ocidental, um filme em preto e branco, por segundos, o fez esmorecer, porém, resolveu abrir as janelas deixando o ar entrar. Vira que o tempo estava agradável e a noite clara e muito iluminada, com cheiros de perfumes florais que não soube definir. Dera uma volta pela casa, examinou-a cuidadosamente, vira que as pedras estavam no mesmo lugar, como as deixara, assim como o restante da casa, há anos, sem tirar nem por. Faltava algumas horas para o novo ano.
O calendário, marcava 31 de dezembro de um ano, do passado, qualquer.
(Mn Ct/10)
Recluso, vivia em sua casa, por uma cilada que a vida lhe pregara.
A claridade do dia era vista pelo vidro da sempre mesma, pequena janela. Quando o sol se punha, na janela ficava, a espera da lua e caso ela, não aparecesse sentava-se no sofá e se perdia no olhar, apático e imóvel. Quando a tempestade ameaçava desabar, sentava em sua cadeira, também sempre a mesma e o seu pequeno livro tentava decifrar. (Pequeno Príncipe)
Ele, Jorge, tinha dois amigos imaginários que somente eles, Gabriel e Tamara, o compreendiam. Na mesa de centro, da pequena sala de estar, duas pedras transparentes descansavam, largadas, sobre ela. Trouxera-as de muito longe e apenas isso era o que o fazia viver, ainda. Certa manhã, fora ter com as suas pedras, notou que não estavam no mesmo lugar, tomaram outra forma e que não estavam mais transparentes. Um estalo: - quanto tempo ... O que faço eu aqui? - É assim... Recluso ... que eu vivo? - Falava consigo mesmo, sua cabeça doía e transpirando, caiu em si e uma vontade súbita, brotou-lhe no peito sentindo-se vivo e forte, novamente. Lembrou do estranho acidente, que tiveram e que o paralisou por anos, naquele país ocidental, um filme em preto e branco, por segundos, o fez esmorecer, porém, resolveu abrir as janelas deixando o ar entrar. Vira que o tempo estava agradável e a noite clara e muito iluminada, com cheiros de perfumes florais que não soube definir. Dera uma volta pela casa, examinou-a cuidadosamente, vira que as pedras estavam no mesmo lugar, como as deixara, assim como o restante da casa, há anos, sem tirar nem por. Faltava algumas horas para o novo ano.
O calendário, marcava 31 de dezembro de um ano, do passado, qualquer.