O Cheiro Sobre a pelúcia
Eram duas horas da manhã, quando te abracei,
sentir o calor de seu toque me acariciar a face,
Em meu ouvido o sussurro de sua voz ...
Te amo, te amo, te amo...
A sumir bem longe de forma ainda mais suave, porém com tanta confiança, o som anunciado ...
” Você é tudo para mim” ...
Sentimento de paz, e medo me inundaram a alma;
A paz, de forma aveludada repousou sobre meu peito, como a tranquilidade do canto de um pássaro ao observar o nascer do sol.
O medo gélido me percorreu o corpo, como se cada passo que eu desce, me levasse a um abismo sem fim;
ou, como uma queda, da mais radical montanha russa.
Por anos me esforcei para me tornar um robô;
Sem sentimentos;
Sem toque;
Sem afeições;
Me esforcei para cuidar de mim, e desse ominoso coração.
Nesse ambiente de refúgio, fechado, escuro;
Tido por mim como santuário, o cheiro da pelúcia, por todo o quarto!
A olência sobre a pelúcia, a pelúcia embalada em meus braços... E esse eflúvio já decorado como uma obra de arte nas paredes de meus pulmões.
De repente o despertar, o misto de sonho e realidade;
A pelúcia sobre a cama ao lado de meu travesseiro, o seu perfume que exalava da pelúcia, espalhado por todo o meu quarto.
Já o som e o toque ... Meras lembranças de meu subconsciente sonolento ... Que se acha no direto de brincar com meus sentimentos.