98 - Noventa e Oito
Eram lindas de asas claras e o corpo listado de amarelo sob o castanho neutro. Iam e vinham, azafamadas para construir os alvéolos para as vespas do futuro. Gostava de as ver no beiral da garagem e passei a incomodar-me com o seu conforto. Que nada as perturbasse. Um dia mostrei-as. Foram vistas com medos que nunca tive, comentadas como portadoras de pragas, autoras de mortes de uma data de gente e animais que se atravessaram no seu caminho. – Se fosse a ti experimentava fazer fumo, aconselhou e irritou-se com a minha pergunta: - o fumo faz-lhes bem?