CADÊ O MEU

CADÊ O MEU!

Olhou para toda aquela papelada a sua frente, e não se conteve.

- Olha só: deixei ordens para você pagar e o que vejo? Contas e mais contas!

- Você deixou, por acaso, dinheiro para pagar, quando viajou?

_ Não, mas deixei aqueles números para você toda a semana. Aliás você jogou?

- Você que pagar as contas com prêmio da loteria? `É claro que não joguei!

Alfredo só faltava subir pelas paredes. Pegou o paletó e saiu. Foi clarear as ideias.

Sentado à mesa, tomando um chopinho, eis que aparece um amigo que não via há anos.

¬ - Alfredo? Quanto tempo.

- Marcos, você por aqui?

- Convidou o amigo para tomar um aperitivo.

- Soube que foi para os Estados Unidos ficar um ano lá. Me conta. – perguntou Marcos.

- Cheguei ontem de lá. Fui prestar serviços de consultoria à nossa filial de lá,

Marcos percebeu a tristeza do amigo.

Fala, Marcos, o que foi. Desabafa.

- É que eu antes de viajar deixe um pedido para a Mariza fazer enquanto tivesse fora: jogar toda semana, na loteria, seis números escolhidos por mim.

- E ela jogou?

- O pior é que não jogou.

- E você deixou o dinheiro.

- Não. Como pode ter tanta certeza de que ia ganhar? É uma chance em um milhão!

Alfredo sabia que deu mancada.

- Você pode me mostrar os números? .

Alfredo passou os números para Marcos. Despediram-se. Cada um foi para seu lado.

Marcos, apressadinho foi correndo jogar os números dados por Alfredo.

Chegou o fim de semana. O prêmio havia acumulado e ele não era um valor de se jogar fora.

Frente à televisão, Alfredo tinha certeza de que ganharia sozinho. Os números foram sorteados. Alfredo explodiu de alegria. Ganhei sozinho!

Esperou o resultado de ganhadores. E ele veio. Dois sortudos levaram o prêmio. E os dois da mesma cidade.

Alfredo ficou pálido. E lembrou-se do amigo Marcos.

E gritou

- Mááááááárcos!!!

lmorete
Enviado por lmorete em 23/09/2019
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