O namoradinho de mamãe...
Bem apessoado, desembaraçado, competente, atencioso e pontual, o Inhô, era considerado um excelente profissional na unidade da Empresa Santanense de Tecidos em Pará de Minas. Como encarregado de seção era nota quase dez. O tiquim aí que faltava era por conta de sua donjuanice incontida.
Duma feita, envolveu-se com uma bela mas desafortunada mãe de quatro filhos menores, que perambulavam pela cidade à busca de bicos e de outros expedientes menos nobres que lhes estivessem ao alcance.
Duma feita um menino desses bateu à porta da casa do próprio Inhô, sem ter muita noção de onde estava e teve seu pedido plenamente recompensado pela esposa do dito Inhô, que, generosa deu-lhe uma lauta refeição e até brinquedos de seus filhos, além de algumas guloseimas. Ao sair da casa, barriguinha cheia, o menino, com seus nove ou dez anos, vendo um retrato do chefe da família emoldurado sobre uma cômoda soltou logo essa:
- Nossa, dona, aquele ali é o namoradinho de mamãe...!