ROBÔ APAIXONADO (EC)
Quando a imagem de Diana surgiu na tela do monitor, Clark desatinou por completo. Componentes em parafuso... Nunca mais foi o mesmo. Em sua memória apenas a imagem dela. Chegaram a implantar um “marca-passo” cerebral para dar-lhe sobrevida. Em vão... Virtualmente apaixonado, Clark passava o tempo todo ligado, projetando como conquistá-la. Diana era maravilhosa... Bela... Inteligente... Parecia de outro mundo... Fazia de tudo... Enviou-lhe flores... Artificiais.. Por onde Diana passasse, nas telas dos monitores surgiam “fogos de artifício” e coraçõezinhos com o post: “Clark ama Diana”. Enfim, todos os seus programas dedicados a ela. Desejava-a em sua rede... Sem uma piscadela de emoção, Diana ignorava o afeto humanoide de Clark. Inconformado com a frieza mecânica da amada, pediu a cumplicidade de drones e passou a segui-la. Infeliz atitude. Ao ver Diana abduzida pelo disco-voador de Gort, Clark ficou com os algoritmos totalmente fora de órbita, repetindo: “Situação de emergência! Situação de emergência! Situação de emergência!”... “Acionar botão de pânico! Acionar botão de pânico! Acionar botão de pânico!”. Depois, resetou-se, “entrou em loop”, reprogramou-se e como tivesse asas, num upload ultra veloz, subiu às nuvens, à procura da nave espacial...
Nunca mais soube-se deles... Há a esperança de que um download inesperado em algum computador pelo mundo traga notícias de Clark...
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Inteligência Artificial
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