DE BETEL... AOS NOSSOS DIAS !

OBSERVAÇÃO: como voltamos aos velhos tempos da Santa Inquisição declaro, para todos os fins, que este texto é uma SÁTIRA, conto inusitado de fatos surreais e qualquer semelhança com a realidade é compreensível num país caótico e cheio de absurdos. Os nomes (e situações) citados são FICTÍCIOS mas -- entre 9 BILHÕES de seres -- nada impede que existam pessoas com estes "perfis".

(NATOAZEVEDO - em 3/fev. 2019)

DE BETEL... AOS NOSSOS DIAS !

"Quando passará a Lua nova, para vendermos

o nosso trigo, e o sábado para abrirmos nossos

celeiros, diminuindo a medida e aumentando o

preço, falseando a balança para (de)fraudar"?

AMÓS (em Betel/BÍBLIA) 8:5

Vem de milênios a exploração do povo, o menosprezo dos poderosos aos mais necessitados -- "vós, que engolís o pobre e fazeis perecer os humildes da Terra" (Amós 8:6) -- tentando vender "até o refugo do trigo" para a patuléia ignara que sustenta as Nações. Assim foi na dinastia dos faraós, no reino dos gregos e no Império romano, que conquistou quase metade da Europa. Países guerreiros como a Síria e a Pérsia antigas fizeram povos inteiros escravos e recebiam taxas e impostos escorchantes deles, para não eliminá-los.

Na Roma dos Césares vigorou método semelhante, com imperadores cruéis mandando executar famílias nobres por qualquer por qualquer boato... o objetivo era "encher os cofres" do palácio. Boa parte dos nobres se refugiava no interior, vindo à Roma apenas quando se fazia necessário. Mesmo assim, se não frequentassem as festas palacianas por longo período poderiam ser acusados de conspiração ou ódio ao César "da vez", sim, pois eram todos Césares -- palavra latina (Caesar) adaptada do germânico "Kaiser", imperador -- e o prenome era herdado do pai, até mesmo filhas. Para

sustentar um Império do tamanho de meia Europa um exército imenso, legiões, companhias, esquadrões e mercenários de vários povos incultos, guerreiros por excelência. Jahyrus Chrystiannus HordoNárius nascera nas terras dos "Visigordos" -- êle só era magro "rúim" -- porém seu interesse não era a luta, mas os espólios dos vencidos, o que de valor pudesse amealhar.

"Pulando de galho em galho", ficando por algum tempo entre os vários Bandos que defendiam Roma, findou nos subúrbios da mesma, em ruínas, depois da devastação promovida pelo louco Nero. Lá constituiu família, 3 ou 4 rebentos desocupados, cuja diversão era matar passarinhos, enquanto o pai procurava alguma forma de enricar, já que fôra defenestrado de todas as Hordas por onde passou.

Entretanto a Sorte jamais abanadona os "mal intencionados"... o imperador da vez, Ynácius Moluscus I, adorava passear entre o povo, aclamado por êle, por distribuir "migalhas", as sobras esbanjadas pelo palácio. Jahyrus aproximou-se da liteira, cochichou algo e "sumiu"... o imperador vermelho -- amava a cor -- mandou chamá-lo ! Pouco depois rica família de uma vistosa Quinta com lago e barquinhos foi toda presa, suas riquezas confiscadas e o Imperador concedeu permissão ao ex-mercenãrio para lá morar com a família... era o "Sítius AQUI, VAIAS", um luxo só ! Ao filho mais velho, Jahyrus Phlávyus, a augusta bondade do César indicou 1 vaga ao "Senatus Romanum", entre alguns poucos nobres (de coração, pelo menos) e as "raposas velhas" de sempre, ávidas por "argentum" e Poder, principamente o "K-LIORDAUM", comerciante de renas detestado por meia população e "idolatrado" por meio Senado. Tinha mais de4 10 processos, fôra flagrado sonegando taxas da venda de lote de bovinos mas, como a Auditoria senatorial era "cega" a tudo, êle fôra presidente várias vezes.

"Como não há Mal que sempre dure e nem Bem que nunca se acabe", Jahyrus espalhou boatos de que o Imperador Ynácius era cristão e que o XIII sobre a cadeira real era "parte" do desenho de um peixe. "Moluscus I" foi preso por causa do sítio, os nobres que lá moravam eram muito queridos. Já o jovem senador convenceu seus pares a empossar seu pai provisoriamente. O sujeito fez tanta besteira em apenas 30 dias que o povo tascou-lhe um "Doidônis" após o nome. Era costume andar-se com uma sacolinha atada à cintura, igual aquela com a qual Judas foi retratado. Jahyrus Phlávyus, cansado de portá-la na mão, providenciou numa costureira uma bolsa interna na alva túnica, um "sacrilégio" na visão da maioria. E, preocupado que a má fama do papai lhe prejudicasse a nóvel carreira, optou por adotar parte do apelido que recebeu na "Casa das Leis", o de "senator bolsus", eliminando o prenome paterno... diziam as más línguas que, em breve, Phlávyus BolsusNáryus poderia ser até presidente dela, processos êle já tinha !

Em Betel (ou em Brasília ?) diz o profeta: "Porque a Lei se acha desacreditada e não se vê mais a Justiça ? Porque o ímpio cerca o justo e a equidade encontra-se falseada"? (HABACUC 1:4)

"NATO" AZEVEDO (em 3/fev. 2019)