O Guerreiro Azul visita os Apaches - Final

A mulher que segurava Yahto no colo passou a chorar comovida com a partida daqueles seres tão especiais. Nesse momento Yahto acordou e num instinto misterioso de amor procurou a presença daquela mulher de olhos azuis que conquistara seu coração. Sob a nave prestes a partir de nosso mundo ela o sentiu... e mais uma vez dirigiu seu olhar para onde o pequeno Apache estava. Seus olhares, enfim, se encontraram. Ela acenou. O menino de longe estendeu seus pequenos braços como a dizer "não vá sem mim". Ele chorou. A mulher Apache tentava acalmá-lo.

Dos olhos da pleiadiana algumas lágrimas rolaram cristalinas. Era a saudade e o amor por aquele povo tão forte e sábio. "Yahto! Não chore! Estarei sempre com você!". Comunicou a pleiadiana por telepatia na mente do pequeno guerreiro. Ele ouviu claramente sem entender como e se acalmou. Sorriu. Mas, seus olhinhos não se desviavam da moça estelar.

A nave se acendeu de novo por toda sua extensão. Dessa vez numa luz dourada. Um raio de luz branco desceu sobre os três pleiadianos. A imagem de Yahto ainda vibrava na retina da mulher das estrelas enquanto ela sumia em meio aquela luz. A luz envolveu os três seres até que não era possível mais vê-los. Segundos depois a luz se apagara e eles não estavam mais ali. A nave os recolhera. A luz dourada também se apagou e outras luzes - as mesmas que circulava o objeto antes dele descer - se acenderam.

A nave subiu rapidamente e tomou posição bem no local de onde houvera saído da formação com as outras duas naves. Os cristais azuis que as crianças haviam recebido começaram a se desvanecer em fagulhas de luzes azuis e logo sumiram. O motivo disso não foi explicado. Ninguém sabia - talvez não quisessem deixar maiores sinais de sua presença. Os anciões estavam com seus corações confrangidos. Aqueles seres eram como parte deles e agora eles partiam para algum lugar desconhecido entre as estrelas.

Todos os membros da tribo estavam visivelmente comovidos e ao mesmo tempo surpresos por tão inesperado desfecho. No fundo ninguém queria que eles fossem embora tão de repente. Havia, choro, lágrimas, emoção, amor, saudade, mistério...

No céu as três naves alinhadas começaram a se mover e logo numa explosão de energia silenciosa e multicolorida elas partiram em velocidade surpreendente! Só era possível ver o risco multicor que ficara sulcado no tapete sideral daquele céu noturno. Os pleiadianos haviam partido.

Abaixo, a vida naquela comunidade banhada pela luz da lua que também fora testemunha ocular de tudo aquilo, logo voltaria ao normal. Se é que isso seria possível após tão incrível e fascinante experiência!

Minutos depois, como que por ironia do destino, três helicópteros de mesmo nome daquele tribo legendária cruzavam o céu sob o luar. Eram três helicópteros AH-64 Apaches altamente armados que vieram para investigar aqueles objetos misteriosos que tinham aparecido nos radares especiais de sua base...

Fim.

(Música-tema do final deste relato para quem possa interessar: "Leona Lewis - My Hands".)

Cosmic Lover
Enviado por Cosmic Lover em 12/10/2018
Reeditado em 25/04/2020
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