O Guerreiro Azul visita os Apaches - Parte VII
Com um sorriso largo e encantador a mulher das estrelas foi tomando passagem calmamente entre os anciões e alguns Apaches e logo estava de frente a mulher Apache que segurava a criança no colo em crise de choro incontido.
Alguns anciões - agora todos os seis já reunidos novamente - se entreolharam receosos do que poderia ocorrer. Contudo, o mais experiente deles fez um gesto com a cabeça e disse discretamente aos mais próximos enquanto sorria sereno: - "Observem...". De alguma forma ele sabia que tudo ficaria bem. Os que ouviram suas palavras passaram a observar mais atentamente enquanto seguravam as suas emoções.
A mulher das estrelas que no seu traje azul royal a refletir o brilho prateado do luar naquela noite muito estrelada mais parecia uma deidade de algum conto fantástico. Os outros dois seres estelares estavam absolutamente serenos e observavam tudo com um semblante tranquilo.
De frente para a mulher indígena que a olhava num misto de admiração e receio a criança intensificou o choro e afundou a cabeça no busto da sua suposta mãe que a apertou no peito e a acariciava numa tentativa de acalmá-la. Todos os demais Apaches com exceção de alguns anciões mais serenos observavam em profunda ansiedade e expectativa.
Em seguida a mulher estelar com um belo sorriso disse ternamente: -"Ei, Yahto!" O menino magicamente parou de chorar. As outras crianças que ainda tinham suas crises de choro já pareciam mais calmas e os demais Apaches da tribo assim como os anciões expressaram grande surpresa. "Como ela sabe o nome dele?" - cochichavam alguns. -"Ei, Yahto!" - tornou a dizer a mulher celestial em tom suave de amor maternal. "Yahto" era o nome da criança e na linguagem daquela tribo significava "azul".
A criança num impulso desgrudou a cabeça do peito da senhora Apache e olhou para a mulher estelar com os seus pequenos olhos marejados de lágrimas. Ao ver o sorriso acolhedor da mulher pleiadiana e aqueles olhos azuis intensos e brilhantes repletos de amor e ternura a criança olhou para sua mãe(?) e balbuciou uma palavra que era o nome de um espírito mágico que nas suas tradições descia da lua para ajudá-los. A mulher indígena sorriu satisfeita e a criança voltou a fitar extasiada o rosto angelical da mulher na armadura azul.
(Continua...)