"UM CHOPP'S E DOIS PASTEL"

-”Como o mundo seria sem graça, sem o Demo...”

-”O quê? Vira essa boca para lá” (batendo três vezes na madeira do balcão)

-”Preste atenção: Primeiro, não iam precisar ter que tentar vender Deus, em qualquer embalagem...”

-”Cruz Credo! Porque isso agora?”

-”E nós também não íamos ter aquela sensação agradável, de dever cumprido, toda vez que participássemos de um culto ou de uma missa...”

-”E?”

-”Pois é: Segundo, não ia ter nenhuma maldade, concorda?”

-”Bom, neste caso, tenho de concordar...”

-”E, não tendo maldade, não íamos ter tanta “traquitana” de aparatos para segurança e nem tanta gente envolvida nisso. Para proteger-nos a nós e a nosso patrimônio...”

-”Aonde quer chegar?”

-”Então... só um minutinho... e Terceiro, nem saberíamos que se trata do “bem”, pois não conhecendo o “mal”, não teríamos com o que comparar. E, por não ter com que comparar, não havendo o oposto, passaríamos a duvidar da existência do “bem”, ou, o que pode ser piór... não reconheceríamos o “bem” como existente.”

-”Perdeu o juízo...”

-”Veja bem, ninguém ia querer competir, não ia ter o melhor em nada, pois todos seriam bons por igual. Nada de diversidade. Pense comigo: para quê dois fabricantes de um mesmo produto?”

-”É. Só falta você propor a inexistência dos produtos, ou melhor, duvidar de nossa existência...”

-”Abre a cabeça... a economia mundial, esse planeta inteiro, gira em torno do “mal”, incluindo aí o seu salário...”

-”Eu heim?!”