O Guerreiro Azul visita os Apaches - Parte III
O objeto tinha cerca de 30 metros de diâmetro, seu formato lembrava os clássicos discos voadores. A espaçonave já estava a 10 metros do chão e continuava a descer, lentamente... Alguns minutos depois ela tocava o solo, sempre em absoluto silêncio; não se ouvia ruídos ou barulhos denunciando algum tipo de motor ou propulsão. Era uma tecnologia desconhecida. E de uma forma inexplicável, assim que tocou o solo, todo o silêncio que envolvia toda aquela paisagem até então, desapareceu e logo podia-se novamente ouvir o vento, as árvores a balançar e os animais e pássaros com suas onomatopeias típicas. Isso deixou todos ainda mais perplexos.
Os anciões e o grupo de indígenas estavam por volta de 100 metros do objeto desconhecido e mesmo o enorme aparelho estando envolto em suave luminosidade branca, era possível perceber que era constituído de algum material semelhante a prata polida. A luz do luar e do céu estrelado também ajudavam na observação de maiores detalhes da nave, ao mesmo tempo em emprestavam um maior tom de mistério a tudo aquilo.
Os anciões observavam tudo atentos, em silêncio. Alguns estavam em estado de perfeita serenidade; outros, porém, demonstravam preocupação e até um certo medo. Afinal, tudo aquilo era novidade em suas experiências de vida. Nessa altura dos acontecimentos toda a aldeia já estava desperta e observava o fenômeno. Homens, mulheres, velhos, jovens e crianças assistiam atentos, cada qual com sua gama particular de impressões e sentimentos. Muitos animais domésticos estavam claramente irrequietos, principalmente os cavalos, que relinchavam e distribuíam coices ao vento.
Após o pouso da nave, nada ocorreu por alguns minutos. Houve muita especulação e conversa entre os indígenas. Alguns apaches mais agitados que os demais correram para dentro de algumas construções e voltaram com arcos e flechas e machadinhas e foram para ao lado dos 12 anciões. Contudo, os velhos sábios ao perceberem as intenções beligerantes de seus guerreiros apaches, mais uma vez pediram calma. Tudo estava certo, eles deviam confiar. Porém, todos estavam na expectativa do que iria ocorrer. Foi quando mais uma vez o misterioso objeto apagou sua luz totalmente e instantes depois uma passagem iluminada se abriu na fuselagem da nave. Dentro dela era possível ver a silhueta de três seres.
(Continua...)