A Bela e o Rei dos Reis

Jesus conhecido por todos como o Messias circulava pelos arredores da Judéia pregando. Falava do Reino dos Céus,enquanto seguidores de Barrabás o assistiam ,com seu bando de malfeitores que fazia saques e assassinava um agrupamento do exército romano, de emboscada. Um importante general,homem bravo da guerra foi assassinado. Barrabás tinha a simpatia do povo, pelas muitas festas que oferecia, com os saques que realizava na calada da noite, ou em cidades desprotegidas pelo exército romano. A Galiléia havia recebido a visita de Jesus, fazia uma semana. O povo o saldou com galho de ramos, como se fosse um rei. Barrabas destribuia riquezas roubadas para o povo oprimido do local.

César, estava ansioso pela captura daquele que falava das desumanidades do governo romano e pregava o amor e paz falando do Reino dos Céus. Madalena descansava na Judéia, após ter sido contratada para servir como instrumento de diversão do General Caldélius, da guarda de Pôncio Pilatos. A luxúria e a grandeza espiritual andavam lado a lado,cada qual com o seu interesse particular.

Relaxava em uma residência confortável, tomava banho romano, e era servida pela criadagem como se fosse uma rainha,assim estava a dama bela e jovem que usava o batom vermelho nos lábios. Gostava de beber muito vinho e de comer pão feito na hora pelas mãos das cozinheiras. Entre as suas predilações estava o banho de tina, - onde dois ou mais criados a molhavam, enquanto o seu corpo relaxava num banho de folhas aromáticas. - Era despudorada - todos eram senhores de sua nudez. A região pubiana tinha os pelos aparados com esmero restando uma rara penugem clara a enfeitar aquela região,que era objeto de exagerado desejo pelos homens poderosos do exército de Roma.Tinha um par de seios de formas anatômicas estonteantes.Eram belos ao olhar.Durinhos,se quer balançavam quando se deslocava pelos cômodos largos do palácio.Apontavam ,sempre para frente.Tinham bicos de cor mais escura do que sua pele corporal.O formato era de avelãs.Jamais teriam sido tocados, por alguém- que não ela no banho,era o que aparentavam devido a serem tão rijos.Os criados fitavam,hipnotizados, ali os olhos.As criadas, em serviço escravo a invejavam,tamanha a admirava por aquela tão desejada fêmea.Belo par de coxas torneadas,um bumbum bem feito e proporcional,desenhavam um encaixe perfeito na sua cintura fina,de barriga lisa e musculosa-sem flacidez alguma,ou gordura.A pele era sempre banhada pelos óleos fornecidos pelas responsáveis pela manutenção das mulheres nobres, ali residentes.Os militares romanos e a classe dominante precisavam dos mais censuráveis prazeres da carne na antiga Roma,Grécia e no Egito.Onde Roma se estendia,os prazeres proibidos a acompanhavam-para o deleite de todos,até mesmo do povo,e dos escravos-que vez,ou outra eram liberados para os mais censuráveis deleites.Chegavam ao extremado dos limites envolvendo em suas orgias membros da família,como mães,irmãs e filhas.Comportavam-se de modo que seria a vida curta e precisava dos prazeres que justificassem a existência humana numa região tão corrompida pelos poderes políticos cruéis,dominadores e assassinos.

Madalena costumava, às vezes, ficar por horas a fio desnuda, descontraída circulando pela casa, dando ordens à vontade - brincava de ser senhora, ou rainha. Olhos masculinos gulosos a devoravam, as mulheres da casa faziam comentários de censura. A criadagem a desejava, pois, tinha corpo escultural, pele de beleza incomparável, de brancura diáfina - cuidava do seu instrumento de trabalho. Tinha um sonho secreto - encontrar um homem de "verdade", do poder romano e ser uma mulher feliz, como as poucas mulheres que conseguiam obter um modo de vida feliz naquele estado cruel, dominador e escravista. Caso fosse alguém do exército romano,caso morresse em batalha ela estaria amparada pelo resto da vida,e se estivesse grávida melhor seriam as regalias.Teria casa,comida,conforto e o salário militar do falecido para o resto da vida-era assim que funcionava na antiga Roma-uma super valorização daqueles que serviam o governo com a sua própria vida.

Roma estava sempre em guerra, conquistando todos os cantos do planeta com o seu exército poderoso. Ser a esposa de um General, Capitão, ou até mesmo de um soldado valoroso era um bom negócio. Caso o soldado morresse em batalha, mesmo assim teria o amparo do governo para o resto dos seus dias, e poderia ter um novo casamento, desde que fosse entre os homens que serviam ao exército romano.As mulheres que eram despojadas em matrimônio por um soldado tinha muitas proteção,regalias diversas e status da nobreza.O seu acesso ao palácio dos nobres era facilitado,como a frequência às casas de banho e massagem.Toda a criadagem era obrigada a serví-la,como se fosse uma nobre de sangue azul.

A sua fama corria fronteiras, Madalena era cortejada por gente de alta patente - mas, passou a se ver apenas como um brinquedo para relaxar os poderosos da máquina de guerra - e, não era o que queria. Porém, quando estava a serviço tratava de aproveitar ao máximo, todo o conforto que lhe ofereciam - tinha vida de rainha por onde passava. Muitas vezes, os serviçais de baixo escalão, eram que na verdade se serviam dos seus favores de alcova - um General tem muitas ocupações,e ela queria relaxar e sair do tédio de passar dias e noites sem afazeres, sem nenhuma atividade. Teve o dia que foi obrigada a dançar nua para um General e seus melhores homens, cerca de cinquenta soldados famintos, cansados e feridos que passaram meses sem sentirem o calor do corpo de uma mulher - e, ali teve que passar de mão em mão até que chegasse a total exaustão. Os meses foram passando, e acumulava já mais de 30 dinares, de pagamento pelos seus favores sexuais. Talvez, acumulasse mais de 250 dinares. havia ganho, também, de presente dois camelos, cinco ovelhas, um jumento e algumas mantas. Até mesmo alguns tapetes persas foram conquistados.

Numa tarde de tédio, de sol escaldante, onde as mulheres cuidam de suas vaidades pessoais, estava Madalena cuidando do seu belo corpo.

- Ele está próximo daqui, dizem que sabe do risco que corre, mas que virá para buscar algo de preciosidade incomparável. Sendo capturado, será um homem morto. Irá para na cruz dos criminosos-esta é a pena máxima em Roma: crucificar os criminosos,considerados traidor da grande pátria.

Dizia uma das criadas, enquanto escovava os seus longos e negros cabelos. Tinha tomado um banho de ervas e uma massagem relaxante havia relaxado a jovem musculatura .

-Quem...? - indagava, Madalena, sentindo o carinho dos dedos finos da criada em seu pescoço - num finalizar de massagem-havia ali,massagistas de habilidades elogiáveis.Era comum a massagem conduzir ao êxtase do prazer sexual.

- O Nazareno, nunca ouviu falar dele...? Jesus,o Messias-assim ele é conhecido.

- Ah, ja, dizem que é um homem santo, outros dizem que é um maluco que desafia o poder de Roma. Temo por ele, com certeza, um dia será capturado e vai ser crucificado.Pobre coitado-parece ser tão boa pessoa,ingênuo,pacífico-so fala de amor,perdão...

- Você tem alguma simpatia por ele... ?presumo que sim. Dizem que ele é o Messias, o prometido por Deus para nos salvar. Tenho vontade de ri disso tudo...

-Todos gostam dele, pelo o que ouvi falar, ele é um homem diferente. Claro que não lhe desejo o mal.

Então, a criada lhe confessou que lhe era mais do que simpatizante, era cristã. Seguia os ensinamentos do Nazareno, e era sua colaboradora. Ajudava-o com informações preciosas para que não fosse capturado pelo exército de Roma, e que pudesse fazer as suas pregações pela região. Tratavam de passar informações dos deslocamentos da guarda de Roma.Usavam da mentira para forçar que o deslocamento das tropas do poderoso exército romano tomasse destino diferenciado ao seu.Muitas vezes se utilizou das muitas serviçais dos prazeres de alcova para os soldados serem desviados.

-Mas, é importante que ele arrisque sua vida falando dessas coisas de amor e paz...?

-É, ele veio para mudar o mundo.É o rei dos reis...

-Ele seria capaz de mudar uma pessoa, lhe apontar caminhos para a felicidade...?

-Claro, ele é o caminho, a verdade e a vida.

Com a partida do General para o coração da África, sete dias depois Madalena foi arrastada pelos cabelos, em praça pública e apresentada a Jesus pelos religiosos daquela localidade, e, então aconteceu aquela conhecida cena da tentativa de apedrejamento...disse Jesus para a multidão enfurecida:

-Atire a primeira pedra aquele que não tiver pecados.

Então, todos foram se retirando, um a um, em silêncio, cabisbaixos.

Daquele dia em diante, madalena abandonando a prostituíção, junto-se com a sua mãe, Maria, passou a seguir Jesus, até que foi para a cruz..Na passagem para o Gólgota, Jesus, ferido lhe confessou:

- Vim para para salvar a sua alma, sabia da sua fama entre os homens de poder do exército romano e entre os homens da política.

Agora, faça a sua parte, não me abandone, jamais. Passe tudo o que eu disse por ai. Ajude-me a salvar a humanidade ao longo dos tempos.A hora do Mundo chegou.

Maria afastou-se, abraçada com a mãe de Jesus, havia lido nos olhos daquele condenado que a luz nunca morre, e que só o corpo perece.

-Jesus, vamos aguardar o teu retorno, sei que é imortal.

Um soldado romano a golpeou com o escudo jogando-a ao solo, deu duas chicotadas no lombo de Jesus - seguiram para a crucificação.Maria às lágrimas bradou:- Mestre pregarei as suas verdades que vão salvar o Mundo.Espero,em breve poder reencontrá-lo.

Jesus lhe olhou e disse para os Céus:-Pai,perdoa-os,pois não sabem o que fazem.

Deu um suspiro e desencarnou. Tempos mais tarde,Madalena era vista em casebres,mal vestida,mal alimentada.Ficou para trás a sua vida de luxúria e poder.Conservava no olhar a felicidade particular daqueles que aguardam a grande partida para os céus e a recepção do Mestre Jesus.Pregava os feitos do Mestre para todos e era caçada pelo exército romano.Caso a capturassem seria jogada aos leões no Coliseum para deleite do povo escravizado,que o governo romano dava pão e circo para mantê-los sob o controle governamental.

LG

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 07/10/2016
Reeditado em 28/07/2017
Código do texto: T5784747
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