Rainha Nada Parte 1 - A Cidade de Vidro

Há muitas histórias que são narradas muitas vezes, incontáveis vezes, passando de geração em geração. Contadas de homens para outros homens, porém certos contos são descritos apenas uma vez.

- Basta meu jovem aqui é o lugar - exclama o velho ancião ao jovem guerreiro.

Os pés dos menino estão calejados pelo ardor do sol escaldante e da areia do deserto.

- Me dê a lenha irei ascender a fogueira a noite se aproxima, enquanto isso procure algo para mim, assim que voltares lhe contarei.

- Mas avô o que devo procurar?

- Você saberá assim que achar-lo.

O moço sai a procura de alguma coisa, qualquer coisa que pareça algo que o atraia, o sol começa a se por rapidamente e sem tempo o jovem guerreiro definha... até que ele vê um brilho estranho no chão parece ser de uma pedra antiga em formato circular e o pega e leva até o ancião.

- Me dê isto - o velho analisa o artefato e suspira por se lembrar de tudo oque já lhe fora dito.

- este vidro fazia parte de uma cidade antiga a primeira cidade a existir no mundo, eu vou lhe falar sobre ela e sobre como a perdemos e um dia se você viver o bastante contará ao seu filho e seu filho contara para os filhos dele e assim por diante....

O jovem se aconchega próximo a fogueira e sente o calor que tanto deseja, ele esfrega as mãos de ansiedade está instigado a ouvir o conto.

- Ouça, houve uma época em que aqui não era deserto, a terra era fértil e povoado por animais que propiciavam a caça, no lugar deste deserto escuro existia uma bela metrópole.

Era uma cidade de vidro e seu alcance se estendia mais do que um homem poderia andar. Naquela cidade reinava uma linda rainha por nome de Nada, ela era extremamente linda pele negra como a escuridão e olhos brancos como a lua, o sol a admirava pois nunca havia visto beleza maior na terra em suas viagens pelo céu.

Ela governava com sabedoria e justiça, suas ordens sempre foram atendidas, o que lhe faltava era um homem ao seu lado, todos a perguntavam sobre, e ela os respondia: - Onde está um homem para mim?. Todos ficavam em silêncio, enraivecida e tristida ela se trancava no quarto real e chorava pela ausência de algo.

Na noite que se seguiu ela não conseguia dormir e do motivo também não tinha ciência, da janela de seu quarto foi olhar sua cidade as casas de vidro que reluziam ao contado da luz das estrelas e do luar, criando um lindo espetáculo. Abaixo de sua torre ela avistou um forasteiro, um homem do qual nunca vira antes lindo aos seus olhos, vestia um manto negro como se fosse a própria noite e seus olhos brilhavam assim como os dela pareciam estrelas em constante explosão, então ele sorriu para ela e em seguida sumiu.

No dia que se antecedeu ela deu ordens aos seus guardas para procurarem o ser misterioso, uma busca que não obteve resultados algum.

Continua...

Matheus Lacerda
Enviado por Matheus Lacerda em 24/09/2016
Reeditado em 11/10/2016
Código do texto: T5771278
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