ACONTECEU NA VIA DUTRA

Um amigo meu caminhoneiro, certa vez, quando ía em direção a São Paulo, segundo ele me contou, tratava-se de ter que levar uma carga de cimentos, o seu ajudante na hora em que tinham que partir, isto por volta das 17 horas, começou a passar muito mal no caminho. Preocupado com o estado de saúde do jovem ajudante, ele então resolveu, antes de seguir viagem, levá-lo para um hospital e, depois disso, deixá-lo em sua casa, já que ele não tinha nenhuma possibilidade de continuar a tal viagem.

Diante do fato ele não teve outra alternativa a não ser continuar só a longa caminhada, pois a carga teria que ser entregue na cidade de Taubaté, Estado de São Paulo. Aconteceu que com o atraso da viagem, ele saiu do Rio de Janeiro já por volta das 22 horas. Seja o que Deus quiser, falou ele e continuou com a sua caminhada pela via Dutra. Por volta das 22 horas e 30 minutos, ao para em um posto para tomar um café, ao sair para dar continuidade a viagem, surgiu um cidadão e pediu-lhe uma carona. Ele não viu nada de mais em levar o tal cidadão que segundo ele pediu-lhe que deixasse a uns 50 km à frente. O fato extranho é que o tal cidadão durante todo o percurso não respondia o que ele perguntava e nem sequer olhava para o seu lado. Ao chegar no local determinado pelo homem, um local meio deserto onde havia somente um pequeno barzinho à margem da estrada, ele parou o caminhão e estranhamente o cidadão saiu sem agradecê-lo e sumiu na escuridão de um caminho ao lado do barzinho, onde havia um pequeno precipício. O meu amigo disse-me que estava com vontade de mijar e por isso resolveu entrar naquele pequeno bar, onde encontravam-se apenas uns três homens tomando birita com o dono do bar e jogando conversas fora. Curioso pelo que lhe aconteceu com o tal carona, indagou dos que ali estavam presentes se conheciam o tal homem. Deu-lhe as sua características e contou-lhes o que de fato lhe acontecera. Para sua surprêsa e temor, ficara sabendo que ali atrás do barzinho não tinha nada que pudesse alguém penetrar por ali. Ficou mais curioso ainda, quando o dono do bar o elvou com uma forte lanterna e lumiou o local. O que ele vira deixou-o mais atemorizado, pois tinha a certeza de que vira o tal homem ir naquela direção. Viu com os seus prórpios olhos que realmente era impossível alguém seguir naquela direção; sendo assim, o meu amigo com muito medo, não quis nem saber de mais nada. Subiu no caminhão e em seguida arrancou com toda velocidade para o seu destino que acabou chegando por volta das 4 horas da manhã.

pauloromano
Enviado por pauloromano em 17/07/2007
Código do texto: T567882
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