Conflito.

– “Olha só o que você fez!” Perguntou ela.

– “O quê?” Respondeu ele sem nenhum receio.

– “Não se faça de desentendido! (Disse ela um tanto furiosa.) Por quantas vezes vai ignorar os meus avisos sobre essas tuas escolhas incoerentes? Não vê que elas não fazem nenhum sentido?”

– “Não tenho visão, isso é privilégio teu. (Responde ele em tom irônico) E bem que você poderia ter me avisado antes, já que se acha tão sabida! Mas, como sempre, fica ai escondida nesse teu silêncio e somente quando tudo dá errado é que você aparece com esses teus conselhos chatos!

– “Ei! (Ela exclama.) É você que só me chama quando as coisas pioram e a consciência te aperta. E mesmo assim me ignora? Não tem juízo?”

– “Não! Não tenho! (Ele continua ironizando o assunto.) Já o encomendei mas, se não me engano, lembro de você mesma me dizendo que isto só chega com os anos. Então não reclame se ando fazendo minhas escolhas sem contar com ele e muito menos essa tua opinião!”

– “Ora! (Responde ela insatisfeita.) Tu és o primeiro a afirmar que estou sempre certa e ainda assim não considera nada do que lhe digo. Não tínhamos combinado de decidiríamos tudo juntos?”

– “Ué?! (Ele replica.) Foi você mesma que afirmou estragar tudo quando interfere no assunto e, por isso, deixou que a decisão de escolher fosse somente minha.”

– “Sim! (Ela insiste) O problema são só essas escolhas, meio absurdas, que você faz sem me consultar.”

Conflito entre a razão e o sentimento. Mais uma vez terminou sem nenhum consenso.

Jaildes Ferreira
Enviado por Jaildes Ferreira em 10/02/2016
Reeditado em 29/10/2017
Código do texto: T5539633
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