COM A PALAVRA...$$$%%%: O GOGÓ DAS VOSSAS EXCELÊNCIAS!
Prólogo:
Era uma vez um país que urgia por uma voz.
Ingovernabilidade, descrédito, corrupção, inflação, insegurança, ignorância, violência, injustiça social, miséria crescente e incontrolável, guerrilha urbana, doenças disseminadas, tragédias ecológicas, tudo resultado da incompetência e da ineficiência dos diplomados para cuidar “das gentes”, os mesmos que programaticamente ceifaram o pensamento crítico ao longo da História pelo instrumento de não se prover a educação lato senso .
E a massa desandada foi crescendo à velocidade dum embolorado fermento de inconsciência.
O CAOS incontrolável compunha o então cenário prevalente e insustentável duma terra que diziam ser de todos, que todavia, já não era de mais ninguém, exceto daqueles que articulavam o franco retrocesso dum solo já sem céu presente... e sem o mínimo chão ao futuro , tudo provido pelas mãos dos que viviam do cruel parasitismo do sofrimento humano e que , em nome dele, se mantinham no roubo das consciências. Fomentavam caos com migalhas às dores.
DA SURREALIDADE E CENAS PRINCIPAIS:
Alguém descobriu que , nos pódios enredados, dizer ao povo “que se fazia” exatamente o que nunca se fez e jamais se faria, bastaria para se permanecer no parasitismo histórico e abobado, aquele que drena ATÉ À MORTE o tudo de quem trabalha para doar “o nada” a quem de tudo precisará para sempre.
Todavia era o trabalho do trabalhador trabalhístico a maior bandeira daquele estado caótico e perverso que não respeitava trabalhador algum..
Foi quando se começou a perceber que “a galinha dos ovos de ouro" fora abatida pela incompetência, qual um tiro no pé, então, muitos precisariam trabalhar em vão para sequer manter todo o custo corrompido do trabalho, justamente num momento em que já não havia mais emprego.
Um dia, inesperadamente, o povo saiu da anestesia via gogó e o pódio caiu.
Então, reuniram-se os donos das soluções nunca apresentadas para que, enfim, se encontrasse um caminho minimamente governável, o grito uníssono já tão clamado pelas ruas na voz de toda fração de povo consciente e do ex-inconsciente.
Toda a mídia , eufórica, se postou ali, na plenária da casa maior, para que enfim o povo se aquietasse na esperança do encontro de soluções viáveis.
Aberta a plenária , eis o que se viu e ouviu:
CENA I: DA QUEIXA- PROPOSTA
-Prezados,nobres e digníssimos colegas, em nome desta ilibada e respeitável casa do povo, abro a sessão número 1000.000/ $$$$$$$$$$$$$ e bolinhas para discutirmos os notoriamente perdidos caminhos da Nação.
Os que nunca por nós foram encontrados (num ato falho da consciência).
Antes, e baseado no poder que me foi conferido pelo meu povo nas últimas eleições, nessa cadeira que ilibadamente ocupo desde 1900 AC, o que me é garantido pelo artigo 1939@ /4 1572@ inciso quarto ratificado pela lei 1000000.0004/34$$$$$$$$$//%%%%%%%%%, na Constituição Romana do século 1000 zilhões AC, e sempre a serviço do meu povo, eu, em nome de tudo de lamentável que ME ocorreu ontem na casa, sob as vistas do mundo, onde inescrupulosamente me agarraram pelo gogó, me estapearam e puxaram a minha delicada gravata de seda inglesa comprada com o dinheiro do meu povo, que plenamente confia em mim, a me furtarem o direito legítimo da palavra de ordem desta casa; tudo a me fazer sentir extremamente difamado e injuriado; digo que eu, com base no artigo 432567/inciso 20048, alínea 230&#$$$$$$$$$%%%%%%do código penal penoso desta querida Nação inviolável, quero providências emergentes para limpar a minha honra imaculável e inimputável.
Exijo, em nome da suprema lei, que todos os meus insultadores-e os da minha gravata!-imediatamente sejam dirigidos à cadeia mais próxima, já que esse seria o maior castigo para um ilícito contra a minha dignidade que representa a do meu povo: o sistema penal vigente, que assusta até o nosso nobre Ministro que luta contra as injustiças cometidas às nobres excelências desta casa..
Desta feita, informo que, amparado pelo meu direito de representante do povo, já abri um boletim de ocorrência, sem concorrência licitatória em decorrência da urgência do mérito, como o é de praxe, o que “per si” já comprova, e sem sombra de dúvidas, que eu e minha gravata somos dignos cidadãos congresssitas lesados no íntimo do nosso ser A HONRA A QUE TODOS TÊM DIREITO!-...e o que é mais grave!-em pleno exercício da nossa função de “gravateadores” do nosso povo!
CENA II : DA RESPOSTA SUMÁRIA
-“Data vênia”, exclentíssimo colega, mui respeitosamente informo vossa total excelência que, baseados no artigo100000/2015, inciso 200000 e bolinhas $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ /2015 %%%%%%, da mesma sagrada Constituição , nós da casa não consideramos essa sua queixa infundada e damos o caso como erro de tipificação!
Pedimos orientação à Suprema Corte e ali nos foi decidido por unanimidade douta, por nobre modismo da JUDICIALIZAÇÃO DO TUDO, que sempre respeitamos a sustentabilidade da sua gravata de legítima seda borboleta, bem como de vossas dignas cadeiras , e concluímos que nem vossa exceLência , tampouco sua a nobre borboleta, jamais foram gravateados por esta casa; e que, a despeito de "rejeitada" por ora pela biodiversidade de rejeitos vazados no meio, até então, sua borboleta sempre foi ilibadamente respeitada pelo nosso nobre povo, na sua nobre função de sempre gravateá-lo , borboletando com todo espaço de direito, mas no presente momento já não poderá fazê-lo borboletadamente alegre em virtude da nossa já morta biodiversidade dos saudosos ecossistemas do país!
“Data Vênia”- informo que o povo assistiu tudo bem democraticamente levado ao mundo, como manda a lei!- e que fizemos o impossível ($$$$$%%%%%%) para que, não apenas a gravata de Vossa Excelência, mas todas as demais borboletas das gravatas da Nação fossem respeitadas, para que pudessem nobre e tranquilamente sobrevoar, inclusive toda a tragédia do território Nacional sem serem acusadas de culpa ou dolo, sequer de responsabilidade.
Sentimos pelos ares contaminados que hoje todos os companheiros de excelência excelente enfrentamos para borboletar pelo caos que não é nosso. Não sabíamos de nada do que se borboletava por aqui.
Entendemos si, que que nossas honrosas borboletadas foram injustamente também lesadas pelos jatos de água das tantas operações que secaram nossos reservatórios aquíferos.
Em nome do nosso povo que nos conferiu todos os poderes democráticos para borboletar e gravatear livres , leves e soltos... já abrimos outro BO por calúnia, já que o senhor nos imputa um crime que não cometemos contra vossas excelências.
Damos por encerrados o caso e a presente sessão.
E que se revogue por decreto pedalante com tendência ao infinito,de número zilhões/ 2015$$$$$$$$$%%%%%%%/ todas as dores fictícias do povo esquecido por nós!
EPÍLOGO:
E assim, naquelas cadeiras de tantas “vossas excelências” , sempre de excelência duvidosa, o discurso se prolongou por anos a fio, até que um dia, nada mais existiu.
Nem os gogós e nem as gravatas.
Muito menos as belas e ecológicas borboletas coloridas.
FIM...
do mundo.