Tem um louco ali fora. Ele esmurra a porta do lado de fora do quarto. Chuta, bate e grita. Já se vê a madeira cedendo. É questão de tempo, ele vai entrar. Me encolho na cama como criança, busco com os olhos ansiosos qualquer coisa com que possa me defender, mas é uma busca vã, e já sabia. Não há nada aqui que possa me salvar do que me aguarda.
A porta cede, ele me encara. Que estranho, não me parece louco. Estou enganada ou vejo carinho em seu olhar? Talvez minha sanidade frente a crise eminente esteja me abandonando. Ai vem ele, avançando a passos lentos, com quem pede licença, sem a fúria anterior, apenas se aproxima e espera de pé ao meu lado, me observando encolhida e trêmula, mas com os olhos fixos nos seus.
Ele sorri e leva a mão ao meu rosto. Num movimento rápido arranca a máscara que está sobre meu rosto. Máscara? De onde saiu isso? Estava mesmo em meu rosto? Quando coloquei? Como não percebi? Percebendo meu olhar incrédulo, confuso e a beira de um ataque de nervos, ele estende sua mão. Sorri e espera que aceite seu gentil gesto de paz. Não diz nada, apenas aguarda, numa atitude quase súplice. Aceito sua mão lhe entregando a minha, fria e pálida. Mas já não sinto medo, só paz.
Sua palma é quente, e num movimento rápido me puxa com certa força em sua direção e caio em seus braços. Que sensação boa, ficamos unidos nesse abraço infinito por minutos, ou será que foram horas? Não sei, o tempo esvaiu entre meus dedos, perdi a noção de identidade. Somos um ou dois? Sinto que nos fundimos, unimos e coexistimos. O quarto sumiu, o tempo parou, a vida parece outra, nova e diferente, como se pela primeira vez a nota-se tal qual é. Simples e clara. Assustadoramente simples como aquelas pegadinhas que não acreditamos que a resposta seja tão óbvia, tão fácil.
Agora avançamos, unos, em direção ao próximo ser preparado para receber a união, pronto para se libertar das amarras e se integrar ao todo, a retornar a sua mônada, e ser parte ativa na senda, deixando sua individualidade e limitações para trás, aceitando a evolução inevitável e magnética que seduz pelo brilho da luz emanada.
http://estavaakipensando.blogspot.com.br/
A porta cede, ele me encara. Que estranho, não me parece louco. Estou enganada ou vejo carinho em seu olhar? Talvez minha sanidade frente a crise eminente esteja me abandonando. Ai vem ele, avançando a passos lentos, com quem pede licença, sem a fúria anterior, apenas se aproxima e espera de pé ao meu lado, me observando encolhida e trêmula, mas com os olhos fixos nos seus.
Ele sorri e leva a mão ao meu rosto. Num movimento rápido arranca a máscara que está sobre meu rosto. Máscara? De onde saiu isso? Estava mesmo em meu rosto? Quando coloquei? Como não percebi? Percebendo meu olhar incrédulo, confuso e a beira de um ataque de nervos, ele estende sua mão. Sorri e espera que aceite seu gentil gesto de paz. Não diz nada, apenas aguarda, numa atitude quase súplice. Aceito sua mão lhe entregando a minha, fria e pálida. Mas já não sinto medo, só paz.
Sua palma é quente, e num movimento rápido me puxa com certa força em sua direção e caio em seus braços. Que sensação boa, ficamos unidos nesse abraço infinito por minutos, ou será que foram horas? Não sei, o tempo esvaiu entre meus dedos, perdi a noção de identidade. Somos um ou dois? Sinto que nos fundimos, unimos e coexistimos. O quarto sumiu, o tempo parou, a vida parece outra, nova e diferente, como se pela primeira vez a nota-se tal qual é. Simples e clara. Assustadoramente simples como aquelas pegadinhas que não acreditamos que a resposta seja tão óbvia, tão fácil.
Agora avançamos, unos, em direção ao próximo ser preparado para receber a união, pronto para se libertar das amarras e se integrar ao todo, a retornar a sua mônada, e ser parte ativa na senda, deixando sua individualidade e limitações para trás, aceitando a evolução inevitável e magnética que seduz pelo brilho da luz emanada.
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