O bosque (2)
Pode ser uma fantasia
que o autor tenta impor
mas será que a natureza
não requer mais amor?
Será não, vou ser mais autêntico
cada vez que muda a natureza
estará trazendo muita dor!
Um dia existia um bosque sem par,
meu Deus! mas era sim um paraíso,
uma orquestra para se encantar,
os pássaros, seres tão magistrais,
lindos sons que pareciam não parar,
quanta gente alí gostariam de estar!
A natureza ali em festa estava então
o verde, exuberantemente e lindo,
se estendia maravilhosamente no chão,
não só os pássaros outros seres majestosos,
as cachoeiras, ajudavam na beleza do lugar,
ali parecia que a felicidade sempre ia ficar.
Acontece que numa fúria insana,
no bosque foi tendo a destruição,
uma matança demais desumana,
tão horrível, de cortar nosso coração,
do verde só restaram as cinzas,
espalhadas naquele mesmo chão.
Ficou um silêncio estarrecedor,
as lindas músicas se acabaram,
não tinha mais pássaro cantador,
paraíso? parecia mais um inferno!
Pois a felicidade não viria mais
então ali a infelicidade seria eterna!...
o homem no seu furor insano, cortou árvores,
destruiu até o nascimento do líquido maravilhoso,
sim, as nascentes, das águas cristalinas,
porque nascem, porque são tão belas e refrescantes?
Várias respostas “inteligentes”, mas nenhuma previdente,
porque inúmeras delas destruídas, quantas já tão secas!
Rios, riachos inexistentes, o mar não os receberá mais,
As tênues respostas dos especialistas, permanecem inaceitáveis:
- matem a natureza, estarás matando vidas!...