E não era Jolie...
Eram os anos sessenta, que iam velozes, atrozes. Corriam e não socorriam. Aquela foi a década em que tivemos 5 presidente, fora a junta, da mais alta-patetente.
Mas as coisas pareciam mais bem definidas do que hoje. Em certos aspectos. No ensino, eram o primário, o secundário e o terciário. Esse último, representado no clero, nos poucos médicos, nalgum magistrado.
Mas o que clero, digo, quero, é falar do admissão, uma espécie de vestibularzinho, que se colocava entre o grupo escolar e o glamoroso ginásio. Não havia cidade ou sociedade que se prezasse em que o admissão não se ensinasse. E era um compêndio grosso, que juntava as quatro matérias cardeais: a língua pátria, a matemática, a história e a geografia.
Uma das mais populares preceptoras da minha Velha Serrana, que levava uma vida quase monacal, sob o talão paterno, era Liliza, zelosa e precisa. Numa de suas classes, quando tratava dos femininos ou masculinos exóticos, depois de passar pela pavoa e pela elefoa, ou aliá, veio-lhe à cabeça perguntar à turma qual a forma feminina de perdigão...
A turma se entreolhou, pensou, penou e matutou: Perdigão era o nome de um dos padeiros da terra, homem honrado e ilibado, que sempre separara o trigo do joio. E o que mais poderia ser perdigão, além daquele que fazia do pão, seu ganha-pão?
Com a turma perdi(z)dinha da vida, alguém proclamou logo a saída: é
Angelina!