Sozinha na multidão
Em meio à multidão tentava encontrar sentido, o norte não se fazia presente, eram corpos suados por toda parte, a música tocava alto e nada dizia, ao menos para ela, que seguia em caminhada de passos curtos, na tentativa de avistar o ponto de chegada que mostrava-se sempre distante.
O ar lhe faltava, a sensação era de total desconforto. Questionava-se o real motivo de viver tudo aquilo e assustava-se com as respostas que os pensamentos indicavam, tentava apoio em coisas do passado e sem perceber que música tocava, apenas marchava em desalinho ao pelotão. Sabia de antemão não pertencer à realidade diante dos olhos, talvez ali estivesse apenas para forçar a reflexão.
Inúmeras foram as vezes que ultrapassou limites para agradar terceiros, viveu um carnaval de máscaras, dia após dia sem compaixão de si mesma. Passados tanto tempo a pergunta que se faz é, onde está você mesma??
Teme a resposta, por não saber ao certo onde e quando perdeu totalmente a personalidade.
Viveu à sombra de uma mentira que aos poucos se revela cruel e impiedosa, só lhe resta apagar tudo e desenhar uma nova história, do jeito que tiver de ser.
É quando um punhal é encravado em seu ventre, não aparentava sentir dor, parecia aguardar aquele instante, como se o destino fora traçado e aquele desfecho o único caminho a seguir. Sangrava inerte, olhos fechados e uma aparência absurdamente tranquila, de quem se entrega ao algoz em busca de salvação eterna.
Algumas foram as lágrimas a escorrer no canto de seus olhos, poderia ser indício de temor e desespero, foi quando lembrei ser possível chorar de felicidade...
Partiu deste mundo, passagem apenas de ida, comprada aos poucos, à medida que alimentava a fúria de amores não correspondidos. Descansou na tragédia anunciada - Essa história termina em morte! - e assim a profecia se cumpriu, enquanto o pelotão seguia ao som da música desconexa e apenas um corpo permaneceu ao chão.
Em meio à multidão tentava encontrar sentido, o norte não se fazia presente, eram corpos suados por toda parte, a música tocava alto e nada dizia, ao menos para ela, que seguia em caminhada de passos curtos, na tentativa de avistar o ponto de chegada que mostrava-se sempre distante.
O ar lhe faltava, a sensação era de total desconforto. Questionava-se o real motivo de viver tudo aquilo e assustava-se com as respostas que os pensamentos indicavam, tentava apoio em coisas do passado e sem perceber que música tocava, apenas marchava em desalinho ao pelotão. Sabia de antemão não pertencer à realidade diante dos olhos, talvez ali estivesse apenas para forçar a reflexão.
Inúmeras foram as vezes que ultrapassou limites para agradar terceiros, viveu um carnaval de máscaras, dia após dia sem compaixão de si mesma. Passados tanto tempo a pergunta que se faz é, onde está você mesma??
Teme a resposta, por não saber ao certo onde e quando perdeu totalmente a personalidade.
Viveu à sombra de uma mentira que aos poucos se revela cruel e impiedosa, só lhe resta apagar tudo e desenhar uma nova história, do jeito que tiver de ser.
É quando um punhal é encravado em seu ventre, não aparentava sentir dor, parecia aguardar aquele instante, como se o destino fora traçado e aquele desfecho o único caminho a seguir. Sangrava inerte, olhos fechados e uma aparência absurdamente tranquila, de quem se entrega ao algoz em busca de salvação eterna.
Algumas foram as lágrimas a escorrer no canto de seus olhos, poderia ser indício de temor e desespero, foi quando lembrei ser possível chorar de felicidade...
Partiu deste mundo, passagem apenas de ida, comprada aos poucos, à medida que alimentava a fúria de amores não correspondidos. Descansou na tragédia anunciada - Essa história termina em morte! - e assim a profecia se cumpriu, enquanto o pelotão seguia ao som da música desconexa e apenas um corpo permaneceu ao chão.