Ela ainda chegará
Numa dessas esquinas da vida a menina de repente parou. Era como se nada mais fizesse sentido. De uma hora à outra não sabia onde ia ou a quê ia.
Seu nome? Arlinda de Jesus Coelho. Seus pais? José Caldino Coelho e Maria Alice de Jesus Coelho. Do que exatamene não se lembrava? Apenas dos porquês...
Triste atravessou a rua, na cara a ruga entre os olhos que lhe marcava a testa exprimia uma preocupação intesa. Como seguir sem saber os porquês da vida? Como seguira até ali? E mais... Em algum momento realmente conhecera sequer um porquê?
A mãe em casa já nervosa espreitava o portão como se à espera de algo derradeiro. O pai, para disfarçar a profunda agitação que setia, gritava a plenos pulmões o que faria quando retornasse a menina.
Dias se passaram e ali, no que poderia ser a mesma esquina ou qualquer outra esquina a menina esperava. O que esperava? Que algum sopro de Divina consciência lhe dissesse ao menos alguns dos porquês de que tanto necessitava para seguir seu caminho.
Depois de camihada longa, cançada ela senta-se à beira da calçada e fechando os olhos imagina sobre si uma imensa sombra projetada do cactus que por pouco não lhe detrói a camisa durante vários períodos de sua infinda caminhada.
Um sorriso lhe desponta à boca, os olhos repetinamente brilham de gozo extremado. O corpo todo sente aquela poderosa onda de calor e prazer, extremecendo e reluzindo cada fibra do corpo teso da garota.
Ela ainda chegará. A sabedoria virá junto. E continuou sua caminhada ainda sem rumo, mas sabendo-se cada vez mais próxima a ela; experiência. Única, intransferível e libertadora...