O TIMAÇO DO IAPI DE PILARES.
Cara de lua, fanzoca, dormindo, boi laranja, seu coisa, bi, lagartixa, catarata, peixe, boca de pau, larbar, cara de sapato, rozembru e espanta neném.
Este era o timaço da barreira do IAPI. Formado por crianças levadas da breca.
Saíamos de casa, para jogar bola, soltar pipa, andar de carrinho rolimã, ir à praia, à Quinta da Boa Vista, à Farroula e pescar siri.
Nossa preferência era o futebol nos campos de várzea, onde dificilmente ganhávamos uma partida.
Um belo dia, fomos jogar no campo Águia de Ouro, atrás do cemitério de Inhaúma. Totalmente gramado e bem cuidado. A peleja estava zero a zero, bem disputada quando o Fanzoca pegou uma bola pela ponta esquerda, próximo à grande área e desferiu um despretensioso chute ao gol. A bola seria defendida facilmente pelo goleiro mas inusitadamente tocou na cabeça de um cavalo que passava na hora e foi endereçar-se dentro do gol. Golaço do nosso time. Ganhamos por um a zero.
Em outra partida, dois outros personagens, que eram irmãos, jogavam contra outro time, neste mesmo campo, quando um deles driblou o primeiro adversário, o outro irmão pediu a bola e na sequência, o rapaz passou por cinco jogadores contrários, sempre com o irmão pedindo a bola. Quando chegaram dentro da pequena área, com o goleiro batido e abatido, o irmão resolveu presentear o mano, ofertando-lhe a bola, apenas para ser tocada para o fundo da rede, quando ouviu-se uma estridente frase: - Agora não quero mais.
E quem quiser que conte outras.
Por: Jaymeofilho.
28/01/2015