Desilusão
Desde que conheceu a mulher, sentiu que perdeu um pouco de si.
Não conseguia pensar em si, sem se lembrar dela, não conseguia ir a locais que comumente frequentava, ficava horas a fio pensando nela.
A ideia de casamento pareceu uma possibilidade de fusão, pois a teria e teria a si próprio de volta.
Os preparativos foram rápidos...
No grande dia, eufórico, caminhava de um lado para o outro, imaginando o fim da solidão e da ausência da amada.
- Finalmente, meu príncipe vai deixar mamãe e vai dar netinhos lindos para correr por esta casa...
Aquele fala da mãe, arrancou-o do paraíso.
Começou a sentir calafrios, tonturas e desmaiou.
Acordou em um quarto frio, escuro...
Gritou alto, ninguém conseguia ouvi-lo, ele lembrou-se de que era um rapaz feliz, que amava a vida e tudo que havia nela.
Estranhou, porque não conseguia lembra-se de outras pessoas. De repente, viu-se bebê, rodeado pelos familiares, depois corria pelo jardim...
Alguém entrou no quarto, acendeu uma luz tão forte que ele sentiu-se cego...
- Mãe!
-Tá...tá...tá...
Correria...
A mãe chorava e dizia:
-Filho, eu matei você...
- Eu sempre soube tudo sobre ela, mas temia te perder...