Dr. Eugênio Estrôncio - (seriado - parte 1)
Larissa Helena – Entrevistadora do Programa C&E Television
- Boa noite!
- Estamos iniciando o programa Ciência e Evolução, e hoje nosso convidado é mais do que especial, é o famoso Dr. Eugênio Estrôncio.
- O Dr. Eugênio Estrôncio já foi convidado há mais de dois anos e somente agora está nos dando a honra de sua presença. Ele está de passagem pelo Brasil para uma série de entrevistas em universidades e em algumas mídias científicas. Nós do Programa Ciência e Evolução somos felizardos por tê-lo em primeiríssima mão.
- Nos honramos Dr. Estrôncio pelo fato de uma pessoa tão famosa e requisitada no mundo científico ser brasileiríssimo como o senhor.
- Dr. Estrôncio, como é para o senhor ficar tanto tempo longe do Brasil, morando em Viena e vindo tão poucas vezes nos visitar?
Dr. Eugênio Estrôncio:
- Bom! Muito bom, Viena é uma maravilha!
Larissa Helena:
- Dizem que quem conhece desta água jamais esquece. Isso é verdade Dr. Estrôncio?
- Eu não sei como está a água daqui e por isso mesmo eu trouxe diversos galões de água de Viena que é um espetáculo! Boa mesmo!
- Mas o senhor não sente falta da sua terra natal, do seu povo? Do cafezinho, do feijão preto, do samba, das mulheeeeeres brasileeeeeeiras?
- Não, nadinha de nada. Sinto muita falta mesmo é de Viena.
- Então o senhor não sente falta de nada no Brasil?
- Sinto, sinto sim.
- Ah bom, que susto Dr. Estrôncio! E do que o senhor sente falta?
- Neste instante do meu notebook, que roubaram agora pouco no aeroporto quando fui tomar um cafezinho.
- Ah...deixa eu ver, da carteira também, acho que “me bateram” depois que paguei o cafezinho. É....acho que até então é só isso.
- Muito triste Dr. Estrôncio que situações como essas tenham acontecido justamente com o senhor, que há tanto tempo não visitava a sua terra natal.
- Mas o senhor percebe que houve muitas mudanças para melhor por aqui, não é Dr. Estrôncio?
- Não percebo não, em Viena está bem melhor!
- O bom de tudo isso é que o senhor está agora aqui conosco, firme e forte como sempre.
- Realmente o senhor tem razão de estar chateado pois é tão duro a gente ficar sem o notebook não é Dr. Estrôncio. As vezes nem é pelo valor do aparelho, mas pelos dados tão importantes que a gente acaba perdendo. Eu fico imaginando o notebook de um ilustre cientista e pesquisador como o senhor repleto de cálculos e formulas preciosíssimas.
- Somente os meus cálculos finais de 935 páginas, a respeito da estrutura molecular da atmosfera de Saturno que a NASA me encomendou na semana passada.
- Então são dados muito importantes e secretos?
- São sim.
- Com certeza, o senhor deve ter cópias de segurança de dados tão complexos e importantes assim?
- Não, não tenho “nenhumazinha” , só aqueles originais que estão no notebook mesmo.
- E o que o senhor vai fazer agora diante da perda desses dados?
- Nada.
- Nossa Dr. Estrôncio, como o senhor consegue manter-se tão calmo e sereno diante de uma perda tão significativa assim?