O FOLGADO
O FOLGADO
Estava eu andando numa calçada estreita, de uma rua estreita, da estreita cidadezinha em que moro.
Já de longe o avistei, lá, parado bem no meio da calçada, empatando a passagem dos transeuntes.
Fui me aproximando e nada do folgado dar mostras de desimpedir o caminho.
Cheguei bem perto, parei e olhei-o fixamente durante alguns segundos. Nada.
Vendo que o garboso realmente não estava a fim de facilitar-me a vida, desisti.
Passei, esgueirando-me entre ele e o muro da casa, mas não sem destilar o meu veneninho: “Tua mãe não te deu educação? Pois passe muito bem, sr. poste!