A QUEDA DE BRASILIUNS

A QUEDA DE BRASILIUNS

Brota o sol sorrindo por de traz do morro raivoso

que com os olhos injetados de ira espiona a doce cidade.

Tudo é silêncio, moços e velhos se deliciam com o sangue

dos gladiadores do asfalto que regam a areia da praia em êxtase.

Nas saunas corpos se refrescam nas águas mornas

dos banhos públicos libertino.

Tudo é silêncio na cidade bela, sigilo total em suas vielas floridas de pura margaridas.

Folguem seus pastores em deliciar sacrifícios das ninfas

para júpiter, Vênus e Ozires.

Folguem seus escravos da usinas açucareiras e carvoeiros da rotina de suas fatigáveis labutas.

Tudo é silêncio na cidade esplendorosa, alegrem seus soldados, meninos e cachorros nos umbrais se seus barracos e mansões.

Á um mistério na tarde quente, e somente o céu é vossa testemunha.

Abre em urros e riso a cruel garganta expelindo jorros de vômitos ardente monte abaixo.

É a ira do vulcão chamado politicus, dilúvio de morte, gritos e desespero penetra nas escadaria do anfiteatro correm em debandada a burguesia brasiliana,

em meio ao terror gladiadores se abraçam, nos campos cordeiros se enroscam aos lobos.

Cospe o monte sua saliva fumegante, crianças sorriem para fumaça azul anil; quem linda!

Plínio perde a inspiração ao ver Alcebíades petrificado estendendo-lhe as mãos.

Diomedes procura por sua amada, a doce Ansemas, mas em vão, seu amor jaz no meio do lago de fogo.

Chora Pompas por Sostes ao ve-lo amarrado na estaca da praça central.

O grande monstro de fogo lambe rios e fontes soterrando sonhos,

Pantaleão ainda em guarda jamais fugirá de sua posição de sentinela

na porta da cidade, e assim padecem como homem de guerra que fora.

Sucumbe Politicuns pelas mãos dos deuses de brailians ao despertar do sombrio Vestuvio.