NA PRAIA
Vou até a barraca que vende coco verde e peço para a mulher cortar um para mim.
Ela pega belo coco, só com uma das mãos, (como uma exímia jogadora de basquete segura a bola), e com a outra empunha o facão afiado.
"Zaz...", foi-se uma lasca; gira o coco nos dedos para mudar a posição e "zaz...", corta outra lasca; dá mais um giro e "zaz...'.
Nem quinze segundos e o coco está pronto para eu saborear.
Estou impressionado com a habilidade demonstrada.
Digo:
"Tia, a senhora nunca se machucou não?"
Em resposta ela abre a mão frente aos meus olhos.
Mão em que falta um dedo.
Fico envergonhado por prestar tão pouca atenção nas pessoas.
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Obrigado pela leitura.
março / 2014