Caminhando na praia num final de tarde dourada
Olhando o infinito azul do mar se acabando la longe
Meus pensamentos vão até lá vasculhar
Eu e a imensidão.
Que não se pode desenhar escrever ou traduzir
O mar me desafia, me seduz
Sinto na pele o vento a água o sol o calor o frio
Sensação estranha louca me prende por lá.
O mar me olha sereno e liso como um espelho...
Engoliu meu Estado e minha cidade.
Drenou meu ser e me misturou as marés
E me jogou de volta na praia ...
Me devolveu para onde eu estava onde eu tinha que ficar
Onde eu escrevera meu nome.
Minha identidade com retrato endereço
Minhas contas e meus cartões de consumo
Apanho minhas memórias espalhadas pela areia,
De alma lavada esfregada e remodelada
Sigo minha jornada para a realidade.