Diolino

Diolino era a consumada corporificação da afobação. Do

falar ao falhar, todo seu ato o podia testemunhar.

Sua experiência de tecelão, ainda que breve, é como o

tufão: não está preparado para desfibrar as manobras

sedosas do algodão.

Tenta ser pedreiro, mas na falta do golpe certeiro,

fica sem saber o que passa enquanto não lhe seca a

argamassa. Desce a servente, mas é como carregar

tijolo quente e enquanto vigia, vai mesmo de

bóia-fria.

Até que um dia... na angústia mais sofrida, e

na mais dura lida, cheira, sem antes dar uma lida, no rótulo da formicida.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 24/10/2013
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