DEUS ENVIA O SINAL!
Desci para Matinhos, litoral do Paraná, por problemas de saúde à conselho do meu médico. Sofrendo de hipertensão e meu filho de dez anos, de bronquite, não tivemos outra opção que não esta.....Mas, minha cabeça estava cheia de dúvidas....
Sempre amei o mar, e enquanto outras pessoas trabalham a vida inteira para depois se aposentar e morar na praia, para nós se apresentava a chance de morar e trabalhar na praia agora, bastando para isso pedir remoção de meu cargo de funcionária pública estadual!
Mas... Minha cabeça estava cheia de dúvidas....
Enquanto caminhava sem rumo, observando a pequena cidade cujo único atrativo é mesmo o mar, tentando me imaginar como moradora dali, eu que sempre morei em uma capital com mil e um atrativos,
sentia até uma inquietação interior em pensar como seria depressiva a vida ali, fora de temporada...
Pedi silenciosamente A DEUS que me orientasse nesse sentido, porque uma vez pedida a remoção, somente um ano depois poderia voltar , e só se houvessem vagas, daí minha apreensão....
Meu filho animado, caminhando à frente, já invadia uma loja de artigos de praia, de onde apareceu com uma prancha laranjada de isopor, que eu lhe havia prometido para "comprar" sua adesão aos meus planos, pois seria difícil ir morar em uma cidade desconhecida, deixando amigos, escola, etc...
Comprando a prancha, caminhamos em direção ao mar, quando vimos uma pessoa fazendo sinal desesperada pois as fortes corredeiras à estavam puxando para alto-mar....Corri para o telefone publico, para chamar os bombeiros, mas como todos os telefones públicos do Brasil, estava quebrado!
Corri para o meio da rua, cercando carros, até que um senhor de idade parou. Apontei para o rapaz no meio do mar e o motorista saiu cantando os pneus, em direção à Caiobá ( e aos bombeiros)....
Nesse tempo, vendo um surfista" fortão" indiquei-lhe o homem e a prancha novinha de meu filho....Sem falar nada, pegou a prancha e correu para o mar....Teve que fazer uma grande volta para chegar até a vítima, mas conseguiu entregar a prancha e ficar segurando a mesma...
Escutamos uma sirene infernal, vendo o caminhão de bombeiros vindo pela contra-mão, por cima da grama que existia na época, entre praia e o asfalto! (Atualmente a ressaca do mar já engoliu esta grama!.)...
Enquanto meu filho gritava :"- Quero minha prancha! - Não me importa se o homem está se afogando....Quero minha prancha novinha", os bombeiros fazendo a mesma grande volta colocaram o afogado em uma bóia e um de cada lado, resgataram o homem já desmaiado e o deitaram na grama para os primeiros socorros....
Meu filho correu pegar sua prancha, mas o que me horrorizou mais foi a indiferença dos outros frequentadores da praia, que friamente ignoraram o pedido de socorro!
O homem nunca vai saber quem lhe salvou a vida, eu nunca vou saber quem era aquele homem, mas recebi aquilo como o SINAL DE DEUS que eu havia pedido! - Nem eu, nem a vítima sabíamos, mas quando o médico nos aconselhou, quando desci para o litoral, quando comprei a prancha, quando me encaminei para a praia, DEUS já sabia que o homem iria se afogar, e me usou para salvá-lo e para me dizer: "VENHA! - TEU LUGAR É AQUI!"
Não tive mais dúvidas.....Meu lugar é no litoral onde também passei a respeitar muito os surfistas de quem tanta gente tem um grande preconceito!
(Ruthmary)
- Baseado em fatos reais!
Desci para Matinhos, litoral do Paraná, por problemas de saúde à conselho do meu médico. Sofrendo de hipertensão e meu filho de dez anos, de bronquite, não tivemos outra opção que não esta.....Mas, minha cabeça estava cheia de dúvidas....
Sempre amei o mar, e enquanto outras pessoas trabalham a vida inteira para depois se aposentar e morar na praia, para nós se apresentava a chance de morar e trabalhar na praia agora, bastando para isso pedir remoção de meu cargo de funcionária pública estadual!
Mas... Minha cabeça estava cheia de dúvidas....
Enquanto caminhava sem rumo, observando a pequena cidade cujo único atrativo é mesmo o mar, tentando me imaginar como moradora dali, eu que sempre morei em uma capital com mil e um atrativos,
sentia até uma inquietação interior em pensar como seria depressiva a vida ali, fora de temporada...
Pedi silenciosamente A DEUS que me orientasse nesse sentido, porque uma vez pedida a remoção, somente um ano depois poderia voltar , e só se houvessem vagas, daí minha apreensão....
Meu filho animado, caminhando à frente, já invadia uma loja de artigos de praia, de onde apareceu com uma prancha laranjada de isopor, que eu lhe havia prometido para "comprar" sua adesão aos meus planos, pois seria difícil ir morar em uma cidade desconhecida, deixando amigos, escola, etc...
Comprando a prancha, caminhamos em direção ao mar, quando vimos uma pessoa fazendo sinal desesperada pois as fortes corredeiras à estavam puxando para alto-mar....Corri para o telefone publico, para chamar os bombeiros, mas como todos os telefones públicos do Brasil, estava quebrado!
Corri para o meio da rua, cercando carros, até que um senhor de idade parou. Apontei para o rapaz no meio do mar e o motorista saiu cantando os pneus, em direção à Caiobá ( e aos bombeiros)....
Nesse tempo, vendo um surfista" fortão" indiquei-lhe o homem e a prancha novinha de meu filho....Sem falar nada, pegou a prancha e correu para o mar....Teve que fazer uma grande volta para chegar até a vítima, mas conseguiu entregar a prancha e ficar segurando a mesma...
Escutamos uma sirene infernal, vendo o caminhão de bombeiros vindo pela contra-mão, por cima da grama que existia na época, entre praia e o asfalto! (Atualmente a ressaca do mar já engoliu esta grama!.)...
Enquanto meu filho gritava :"- Quero minha prancha! - Não me importa se o homem está se afogando....Quero minha prancha novinha", os bombeiros fazendo a mesma grande volta colocaram o afogado em uma bóia e um de cada lado, resgataram o homem já desmaiado e o deitaram na grama para os primeiros socorros....
Meu filho correu pegar sua prancha, mas o que me horrorizou mais foi a indiferença dos outros frequentadores da praia, que friamente ignoraram o pedido de socorro!
O homem nunca vai saber quem lhe salvou a vida, eu nunca vou saber quem era aquele homem, mas recebi aquilo como o SINAL DE DEUS que eu havia pedido! - Nem eu, nem a vítima sabíamos, mas quando o médico nos aconselhou, quando desci para o litoral, quando comprei a prancha, quando me encaminei para a praia, DEUS já sabia que o homem iria se afogar, e me usou para salvá-lo e para me dizer: "VENHA! - TEU LUGAR É AQUI!"
Não tive mais dúvidas.....Meu lugar é no litoral onde também passei a respeitar muito os surfistas de quem tanta gente tem um grande preconceito!
(Ruthmary)
- Baseado em fatos reais!
Matinhos / Fev. / 1997.