O Caso do Joelho Apaixonado
"Ando tão entristecido!
Vou dizer qual a razão:
É que o danado do cupido
Resolveu brincar comigo,
Mas errou meu coração."
(Começou ruim, não é?
Acho que ando meio burro,
Tento escrever e empaco.
É essa merda de rima
Que meu texto contamina
E já tá enchendo o saco.
Eu tento escrever sem ela,
Mas logo ela aparece.
Vai e volta "punhetando",
Fica assim me perturbando,
Seu não a ponho, me enlouquece.
Mas vou continuar tentando evitá-las.)
"O pior é que a flecha...
Quanta dor agora eu sinto!
Nem te conto, meu amigo,
Foi pra baixo do umbigo,
Acertou bem o meu joelho. "
(Pois é...Foi lá.)
"Ele ficou apaixonado!
Vou fazer agora o quê?
Se vê morena é um sufoco,
Se vê loira fica louco...
Ele só pensa em fu...gir atrás delas."
(Sai me arrastando... É sim!)
"Parece brincadeira,
Mas eu ando envergonhado.
Qualquer hora tá contente
Apontando logo a frente.
Já me chamam de tar...taruga"
(É que por causa disto não consigo andar direito, ando muito lento.)
"E quando é correspondido,
Se alguma p...erna dá sopa,
Ele fica enlouquecido
E a coisa fica preta:
Uma praga de urubu.
De tão doido e indeciso
Não sabe vai na boca,
Se pega logo a b...ochecha
Ou entra mesmo no c...oração."
(Ficou estranho, eu sei. É que joelhos apaixonados fazem mesmo coisas estranhas. Mas viu? Consegui evitar as rimas.)