O ACIDENTE MILAGROSO DE MARIA
Maria voltava da faculdade na companhia de três amigas que se revezavam nas caronas, devendo cada uma delas ceder o veículo e o serviço de motorista uma semana do mês. Ela carregava consigo uma fé cristã e por vezes se questionava se não devia arrumar companheiras melhores, pois as que tinha só sabiam falar dos namorados e amantes e das coisas que com eles faziam. Eram mulheres boas, mas que permitiam se macular pelo sexo, cigarros e bebidas e, uma delas em especial traía o marido- que ela jurou amar e respeitar na frente de toda uma igreja, na hora em que se casava. Inclusiva a própria Maria lá se encontrava. Também foi testemunha do sim traído dessa amiga. Naquele dia as aulas haviam sido proveitosas e, na avaliação em grupo haviam conseguido nota máxima. Estavam contentes e planejavam sobre o que fariam no fim de semana quando a motorista perdeu o controle do carro, que tombou ribanceira abaixo. Todas, com exceção de Maria, conseguiram sair do veículo e, desesperadas, gritavam imaginando o pior. Imóvel, sentindo frio da cintura pra baixo, Maria se confundia pensando estar dentro d’água, ao mesmo tempo em que ouvia suas amigas gritar que o carro iria explodir. Cheia de medo, pediu que DEUS poupasse sua vida. Logo, um bêbado que passava no local do acidente correu em seu socorro dizendo:
_Tenha calma, menina. Eu vou tirar você daí. Na minha casa tem DOPIRONA. Você toma e a dor vai passar. Tá, filha?
E cuidadosamente retirou-a enquanto suas amigas chamavam uma ambulância. No hospital, constatada uma série de fraturas, foi medicada e por três longos meses, lá residiu. Certa noite, já bem melhor, recebeu a visita de uma mulher que trajava vestes brancas, lembrando uma enfermeira. Esta mulher demonstrou muito carinho e compaixão. Alisava-lhe os cabelos e falava palavras confortantes. Falava sobre o Amor de DEUS e dos projetos que Ele tinha para vida daqueles que O buscam. Pediu também para que Maria orasse pelo homem que a havia salvado, pois uma semana depois do acidente o mesmo tinha morrido em decorrência do abuso de álcool, mas que certamente estava em um lugar melhor. E, fazendo isso se retirou, quase esbarrando no médico que entrava quarto adentro. Maria ainda pediu que desligasse o televisor, mas a mesma não o fez. O médico, chegando à Maria, perguntou-lhe o que estava assistindo e como se sentia. Ela respondeu-lhe:
_Pedi para aquela senhora que quase esbarrou no senhor que desligasse a TV, mas ela não desligou. Não está passando nada de bom, mas estou me sentindo bem, doutor. Acredito que já pode me dar alta.
_Que senhora?-respondeu o médico.
_Ora, doutor. Essa que passou do seu lado, assim que o senhor abriu a porta.
_Mas eu afirmo, Maria. Não havia ninguém aqui e ninguém passou por mim desde o momento que entrei.
O pavor por alguns minutos dominou aos dois, mas logo Maria percebeu que DEUS não assusta nem desampara os seus. Agradeceu em pensamentos e pediu que o médico orasse com ela. O doutor, repleto de medo, já fazia isso.
Hoje, Maria é professora alfabetizadora, amiga das crianças e amicíssima de DEUS. Não abandonou as amizades, aliás, duas amigas presentes no acidente se converteram e juntas comungam da mesma fé.